História do Panetone (panettone)
Você não vai acreditar, mas vou te contar uma história e aposto que você não imaginava que foi assim que tudo começou. Então pegue uma xícara de café e vamos começar porque hoje o assunto é Panetone! Que ele é delicioso, fofo e docinho na medida certa todo mundo já sabe, mas você sabe como ele foi criado?
A história do panetone é um pouco controversa, mas algumas informações estão presentes em todas as teorias. O panetone nasceu na Itália, mais precisamente em Milão, durante a Idade Média. Dizem que foi criado por um rapaz chamado Toni, que trabalhava em uma padaria. Eu já começo a viajar e imaginar que eram aquelas padarias bem rústicas, meio escuras e cheias de farinha por todos os lados, sabe? Algumas teorias dizem que ele, em uma tentativa de impressionar o pai de sua amada para ver se conseguia cortejar a moça, criou um pão doce – e mal sabia ele que faria tanto sucesso por aí…
Já outras teorias dizem que ele era um funcionário muito dedicado e que na noite de Natal ficou até muito tarde preparando os quitutes natalinos. Entre tantos pães, farinha e fermento, ele se confundiu e acabou adicionando uvas passas, que seriam usadas em uma torta, ao pão doce. Para tentar salvar o pão, o exausto Toni resolveu adicionar frutas cristalizadas, ovos e outros ingredientes.
Ao contrário do que ele imaginava, seu chefe gostou tanto do produto final que até o homenageou. O pão doce passou a ser chamado de “Pane di Toni”, ou “Pão de Toni” em português. Mas como o telefone sem fio não para (que saudade do acento no verbo parar ☹), fomos falando cada vez mais rápido e essa delícia passou a ser chamada de Panetone. Gostei mais dessa teoria, porque é legal pensar que a maior parte das descobertas incríveis foi criada por engano ou através de um erro, como a organização da tabela periódica ou a teoria da gravidade. Isso me dá esperanças de que ainda vamos descobrir muitas coisas novas no futuro!
Fonte: Piquiras
O panetone chegou ao Brasil após a segunda Guerra Mundial, trazido pelos italianos. Carlo Bauducco, que já não era bobo nem nada desde aquela época, viu que a novidade era promissora: investiu no doce e começou a vendê-lo em 1948 para os brasileiros.
Embora o panetone tenha nascido de um pão doce, desde o princípio sua formulação já era diferente. Conforme o tempo foi passando, a receita foi cada vez mais aprimorada. Na Itália, o negócio é tão sério que desde 2005 existe uma legislação especificando os ingredientes que devem ser usados para um panetone ser considerado panetone de verdade. São eles: farinha, sal, açúcar, ovos, nata, frutas cristalizadas (no mínimo 20% da massa total), aromas naturais e, detalhe, fermentação natural – nada além disso! Já me dá água na boca só de pensar!
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Então os chocólatras que me perdoem, mas o chocotone está localizado na categoria de parente distante do panetone. Brincadeiras à parte, aqui no Brasil, assim como em muitos outros países, o panetone leva aroma artificial sabor panetone e a fermentação é acelerada, usando fermentos biológicos secos ou frescos e aumento da temperatura do ambiente. Então se você, assim como eu, que já adora esse tipo de panetone “fajutinho”, pare um minuto e se imagine comendo um panetone tradicional com tudo a que tem direito e de preferência na Itália! Alguém sabe onde as passagens aéreas estão mais em conta?
Se você está gostando da história e mal pode esperar para começar a sovar a massa, espere mais um pouquinho: amanhã sai um post completo com dicas infalíveis para fazer um panetone perfeito!