A pérola da Avanhandava

Para quem não sabe, eu moro na Rua Avanhandava, ou seja, a rua dos restaurantes do Sr. Mancini. Por um lado isso chega a ser um incômodo, quando por exemplo, eu estou chegando de algum lugar e só quero estacionar o meu carro e ir para casa, enquanto os manobristas dos restaurantes Mancini resolvem que a rua é propriedade deles e deixam seus clientes pararem dos dois lados da rua, impossibilitando por completo a passagem dos outros carros, o que acaba por formar um certo trânsito. Mas enfim, o que é São Paulo se não seu trânsito, certo? Por outro lado, é muito bom morar na rua, pois sempre que eu não estou com tempo para cozinhar ou com uma certa preguicinha (que também me acomete, por vezes) e eu preciso comer alguma coisa, sempre posso escolher algum dos restaurantes da rua.

No entanto, já havia ido por diversas vezes no Famiglia Mancini, acho que o restaurante mais concorrido do Walter Mancini, e toda vez que eu ia, saía de lá com alguma queixa: ou era a geléia de damasco, que pra mim só tem cheiro de damasco e o restante é abóbora mesmo; ou era a massa do profiteroles que veio estragada e as amêndoas em lascas já passadas e amolecidas; ou ainda algum prato extremamente encharcado no óleo (no mau sentido, claro). Então, logo quando o Madrepérola abriu eu fiquei um pouco reticente em ir comer por lá. Mas num dia corrido de filmagem acabamos indo pela rua, procurando algo rápido para comer e sentamos nas mesinhas do lado de fora, pois estava um dia super gostoso de primavera. E todo mundo pediu o P.F. do Mar, que nada mais é do que um bacalhau ao forno com batatas, pimentões, cebolas, tomates e azeitonas, acompanhado por um arroz branco bem soltinho, e diga-se de passagem, tudo veio da cozinha do outro lado da rua e muito bem feito e saboroso. Óbvio, acabei virando cliente fiel, mas para não engordar tanto, intercalo o bacalhau com uma quiche de frango com uma saladinha, mas vou ser sincera: é um prato bem inconstante, as vezes vem muito, muito bem feito e saboroso, e as vezes a quiche chega um pouco seca.
Agora vamos falar do que realmente nos interessa, as sobremesas. 😉 Acho bem legal que no Madrepérola eles tem uma daquelas vitrininhas onde as sobremesas ficam girando. Sempre achei essas vitrines curiosas, mas muitas vezes elas acabam sendo mal utilizadas e ficam um pouco breguinhas. Mas no espaço do Madrepérola essa vitrine caiu como uma luva na decoração (que aliás é um capitulo a parte e uma matéria para um outro post), e os copinhos com as sobremesas ficam ali girando para você escolher! Bem legal. Esse copinho que vocês estão vendo na foto é um trio de mousses de chocolate branco, ao leite e amargo; não sou muito fã desse daí, pois acho muito doce. Mas para aqueles dias em que você poderia matar por chocolate, ele é perfeito. A minha favorita mesmo é o copinho com tiramissu, muito bem feito, no ponto e com textura ideal. Vale a pena conferir!!