Quase como João e Maria: Um hotel comestível
E foi então que nossos sonhos se tornaram realidade: no centro de Londres, um hotel montou três andares e oito quartos com peças comestíveis. A soma conta com um tapete feito de mil e oitenta e um merengues, vinte quilos de guirlandas de marshmallow, janelas e paredes cobertas com dois mil macarons, parapeitos decorados com bolo e uma banheira recheada de pipoca caramelizada. Não tem como não se perguntar: por que tudo isso?
A ideia surgiu para a marca Tate & Lyle Sugars, empresa britânica de cana-de-açúcar, lançar ao público um novo conceito, o Taste Experience (ou Experiência de Sabor). A ideia é incentivar as pessoas a serem mais criativas na cozinha. Não é só uma propaganda boba de transformar em comestível coisas que só imaginávamos na história de João e Maria (Aliás, eles foram além do que Jennifer Rubell criou – lembra da casa de algodão doce em NY?). Através da criação de cômodos repletos de objetos comestíveis, eles alcançam o objetivo. Como quase todas as criações inusitadas, essa não foi diferente. Choveram elogios e reprovações. Muita gente se chocou e criticou o exagero de comida desperdiçada. Ok, 600kg de açúcar é bastante coisa…
Mas, sinceramente, acho que nesse caso a ideia foi legal e bem justificada pelo diretor da Tate & Lyle, James Whiteley. Inspiração, criatividade e a oportunidade de experimentar fazem jus à, por que não, obra de arte? E é preciso tirar o chapéu para a equipe de 14 especialistas em bolo, que passou 2 mil horas assando e 900 horas decorando os quartos temáticos. Milhares de sobremesas formaram os cômodos, que tiveram como inspiração diferentes lugares e culturas de todo o mundo. Baús de ouro com tesouros, um mar de tartarugas, um templo de fudge, estátua de chocolate, torre de donnuts, livros e arco-íris. Desde Piratas do Caribe aos Maias, tudo isso era comestível durante uma noite no hotel britânico.
Gostou da ideia?
A dica foi dada pela leitora Isabela Machado Araújo 🙂