Restaurante Casa Ramona – São Paulo
Ramona.
Moro em NY já faz cinco anos (nossa, como o tempo passa…) anyway, na minha última viagem à São Paulo finalmente conheci o Ramona.
Primeiro, preciso contar uma breve história dos bastidores do Ramona – quando o restaurante estava nascendo, Ivan Finotti, meu querido amigo e sócio da casa, veio para New York à procura de utensílios e afins. Tivemos uma tarde deliciosa de idas e vindas às lojas especializadas daqui para encontrar todas as belezuras que ele precisava. Ouvir ele falando entusiasmado sobre as ideias, o menu e os planos me fez gostar do Ramona sem nem mesmo conhecê-lo.
Isso aconteceu em 2012. Ramona foi inaugurado em julho daquele mesmo ano e eu estava curiosíssima para entrar, ver, sentar, vasculhar, provar…enfim, conhecer! Foi então que finalmente, nas férias deste ano, passando por SP, Ramona se apresentou aos meus olhos e paladar numa segunda-feira à noite e na companhia (claro) do Finotti, anfitrião mais que cobiçado.
Minha visita foi além de palatável, pois pude conhecer os cantinhos e as histórias deste charmoso restaurante do centro. Com decoração arrumada de ar meio vintage, o ambiente é descolado e apesar de pequeno, tem uma vista privilegiada da Avenida São Luis com a Consolação. Logo na entrada, um piano dá as boas vindas aos transeuntes que queiram dedilhá-lo. As cadeiras/poltronas estofadas são super confortáveis. E a trilha sonora é nota mil, recheada de rocks clássicos do começo ao fim. Comecei a noite conhecendo melhor o espaço, ouvindo as histórias do relógio de leitura da água totalmente preservado em um dos banheiros do subsolo e ao nome dado ao tipo de teto que o lugar recebeu. Tive ideia da importância dispensada em se preservar a identidade que o prédio carrega. Pude conhecer a cozinha e seus compartimentos e fui apresentada ao chef Bruno Fischetti, o “cara” que comanda a cozinha e que já trabalhou pela Europa e pelo restaurante PJ Clarke’s antes do Ramona.
Já devidamente acomodados no salão principal, comecei o jantar com um Kir Royal delicioso e provando o mais lindos dos coquetéis daqui: o Bloody Mary servido com Bacon.
Ivan escolheu o juicy do “Cheeseburguer Ramona” – hambúrguer de fraldinha coberto com queijo da Canastre, ovo caipira frito com alface, maionese da casa e tomate caqui. E não é a única opção. Tem também o vegetariano com cogumelos no pão de batata e o “Rock off” com bacon, rúcula e jalapeño em conserva. Ah! E o mesmo é servido com uma generosa porção de batatas fritas perfeitamente fritas.
A minha opção (apesar de querer provar o cardápio inteiro) foi o que é o “meu favorito” em qualquer restaurante: Fusilli com quatro tipos de cogumelos, queijo cottage on top e ciboulette fresca… a massa estava no ponto e a mistura do cottage à pasta com cogumelos é um jeito divertido de interagir com o prato, podendo escolher comê-lo aos poucos garfada à garfada ou misturá-lo completamente ao prato, trazendo maior cremosidade e textura ao mesmo.
Well, sou suspeita mas achei a comida de lá excelente. Interessante notar o uso de ingredientes brasileiros no cardápio, uma tendência contemporânea e muito importante para difundir os sabores da nossa terra. E as opções são tantas que não vejo a hora de voltar e provar algo diferente.
De sobremesa, Ivan me apresentou o Pudim entitulado “Simplesmente o melhor pudim de leite de todos os tempos”. Eu não saberia dizer se realmente é o melhor de todos, mas estava fantasticamente cremoso… e esse eu quero repetir.
Dicas importantes:
- Se quiser saber mais a respeito do Ramona, dá um pulinho lá no website: www.casaramona.com.br
- Vi nos reviews que o horário do almoço é bem concorrido então se for um grupo grande, é importante chegar cedo ou fazer reserva…além do mais, no almoço eles têm opção de prato executivo, mais em conta e tão gostoso quanto…e você pode acrescentar entrada e/ou sobremesa pagando um pouquinho a mais. (vale à pena!!)
- Os notívagos estão a salvo por aqui, pois a cozinha fica aberta até as 2:00am (de quarta à sàbado)
- Outra dica bacana: eles têm inúmeras opções vegetarianas no cardápio como, por exemplo, batata-doce rosa assada com alho e coentro fresco, os discos de abobrinha assados com tomate-pera, queijo de cabra e sal de poejo, salada de grãos al dente, cebola roxa e salsinha fresca, hambúrguer vegetariano, o fusilli que eu provei, risotto de abóbora, minimoranga recheada de quibebe apimentado , arroz com lentilha, cebola frita e acelga chinesa refogada….ufa, enfim, o cardápio é todo sinalizado e fica fácil identificar as opções certas de acordo com seu gosto.