La Esquina – NY

Este foi o restaurante que coroou o meu encontro com a Jéssica Giovanini – que escreve sobre Gastronomia Literária e Cinema & Comida aqui no ICKFD- aqui em NY. Bom, já adianto de antemão que não comemos a sobremesa. É, isso acontece…rs. E em uma cidade como NY nem sempre é má ideia deixar a sobremesa pra depois.
A gente teve um dia digno de quem curte muito o mundo da gastronomia. Nos encontramos para o café da manhã, conversamos muito entre goles de café e mordidas sabor pão com cream cheese. Perambulamos por diversas lojas de artigos para cozinha, claro, e terminamos o encontro em um restaurantezinho no Soho – primeira vez para as duas.O La Esquina é uma Taqueria/Café/Brasserie Mexicana que está sendo chamado de “speakeasy” pela mídia especializada. Calma que vou explicar: speakeasy é um termo que no passado designava lugares meio underground, que vendessem bebida alcoólica sem a licença para tal. Nos dias de hoje, este termo é usado para designar locais que não fazem propaganda de si mesmos, em que os clientes foram descobrindo no boca a boca, sabe? Um falou pro outro que falou pro outro e assim vai.  Geralmente são locais discretos e pequenos, em que o boca a boca se torna a alma do negócio. O La Esquina é exatamente isso.Uma portinhola com letreiros neon bem discretos por fora e uma sala com 10 mesas do lado de dentro. Com as paredes recheadas de fotos pitorescas de cenas familiares em preto e branco, cores latinas nas paredes, chão de vidrilhos branco e preto e uma prateleira do chão ao teto recheada de livros e discos de vinil, o La Esquina é exatamente o que eu espero de um restaurante em NY : o buraco do coelho de Alice, sabe? Que leva a um mundo a parte, atemporal e cheio de informações a serem processadas.
Chegamos já passava das 13:00 e as mesas estavam todas ocupadas. O público é jovem, na faixa dos 20 aos 40. A trilha sonora é excelente, intercalando musicas latinas (inclusive brasileiras) e americanas no repertório. As fotos estão à venda e os livros podem ser lidos pelos clientes enquanto estão no restaurante. Tudo muito organizado e apertadinho. As mesas, de madeira, combinam com a louça, pois nem uma nem outra  seguem um padrão.
A taqueria funciona até a casa fechar, o que significa até a 1 da manhã as sextas e sábados. E das 10 pm às 2 am todos os dias, este micro espaço vira uma brasserie com DJ tocando ao vivo. A mídia especializada fala muito bem dos drinks e coquetéis, principalmente das margueritas. Então, talvez seja um local  para encontrar gente interessante em um esquenta pela cidade que nunca dorme. Mas, voltando à luz do dia, o cardápio (já disse antes, conciso) é dividido em 4 saladas, 1 sopa, 6  entradas, 4 diferentes sanduíches -chamados de torta, alguns acompanhamentos que fazem par com tortilhas de milho, 5 pratos principais e 4 sobremesas.
Há variações entre o cardápio do almoço, do jantar e o da Brasserie, que é servido late night. Eu e a Jéssica nos embrenhamos pela cozinha mexicana com nossas escolhas: ela pediu um Ceviche Acapulco e eu comecei com Tostada de Cangrejo. O Ceviche estava fresquíssimo, feito com o peixe do dia, camarões, molho de tomate fresco, abacate, coentro e muitaaaaa pimenta jalapeño. Atenção: se você não tolera o sabor picante, por favor fique longe desta iguaria. Ah! Para quebrar um pouco e adicionar textura crocante, o ceviche vem acompanhado de Platanos verdes fritos, umas panquecas crocantes de banana verde, levemente adocicadas e deliciosamente fritas.
Eu fui mais conservadora. Pedi umas torradas de tortilha com bolinhos frescos e gelados de carne de caranguejo com manga e maionese de pimenta do tipo chipotle (suave, para os interessados). Amei  entradinhas. Só tenho certeza absoluta de que ficaria muito mais saborosa feita com mangas brasileiras….sério gente, a manga daqui não tem muito sabor, mas mesmo assim combina muito com a carne de caranguejo. Um must!De prato principal, fomos de tortas. A Jessica escolheu um baita hambúrguer suculento – como ilustrado na foto – acompanhado de queso fresco, cebolas roxas e abacate. Nunca havia pensado que um hambúrguer em um estabelecimento mexicano estivesse tão gostoso e muito bem feito. E a combinação dos sabores ficou de cair o queixo. Detalhe, veio acompanhado de muitaaaaaaa batata frita….rs….parecia porção dupla. Perfeitamente fritas, temperadas com páprica, meio avinagradas e deliciosamente salgadas.
A minha torta, de Pollo Rostizado, era gigantescoooooooooo. Que susto! Recheado de frango de rotisserie, rúcula, cebolas, tomate, abacate e claro, maionese de chipotle. Preciso falar meu testemunho aqui: estava muitooooooooo delicioso e assustadoramente eu comi ele inteirinho. Fiquei assustada comigo mesma e isso explica o porquê da não sobremesa neste post. Sorry!Para mais informações sobre localização, horas de funcionamento e menu, dá uma passadinha no www.esquinanyc.com e buen apetito.