Memórias de Páscoa: post coletivo!
Neste post especial, vamos relembrar os momentos de Páscoa que deixaram marcas nos nossos corações e queremos que você também compartilhe conosco as mais doces memórias dessa época do ano. Feliz Páscoa!
DANIELLE NOCE
Entre os meus 6 e 12 anos eu morei em um prédio lindo de tijolinho aparente na Asa Sul em Brasília. Nesse prédio tinham várias crianças e as minhas melhores amigas: a Daniela, que morava no 3o andar embaixo de mim, e a Patrícia, que morava no primeiro. No outra plumada, no sexto andar, vivia a tia Tereza, que na verdade não é minha tia de sangue, mas que por ser amiga da minha mãe desde que eu nasci, acabou virando tia até hoje.
A tia Tereza deve ser uma das mulheres mais prendadas que eu conheci na minha vida. Ela sempre fez comidas deliciosas, arruma uma mesa de um simples jantar ou de um grande aniversário como ninguém e é claro que era ela que também fazia os ovos de Páscoa de todo mundo. E não pensem que eram ovos simples não. Eram os ovos mais gostosos e mais bonitos que eu já vi, e ainda vinham em cestas lindas, super produzidas com mais ovinhos, coelhos e tudo que a imaginação de uma criança puder inventar. E pra mim tinham duas coisas muito especiais que aconteciam nesse momento de Páscoa. A primeira é que nas duas semanas que prescindiam o evento, eu voltava da escola e me infurnava na casa da tia Tereza para ajudar a embalar os ovos. E o cheiro de chocolate era tamanho pela casa que consigo sentir até hoje. Acho que esse foi um dos primeiros trabalhos com escolha de cartelas de cores que eu tive na vida. E a segunda e mais legal das coisas que acontecia, é claro que era q famosa casa aos ovos. No nosso prédio tinha um espaço grande para festas e os adultos escondiam os ovos, davam dicas para cada um de nós e saíamos feito loucos a procurar as cestas mais lindas com os ovos deliciosos da tia Tereza.
MARINA MORI
Eu e os meus irmãos adorávamos a Páscoa e a expectativa da noite anterior em que o coelhinho (tá, a gente nunca acreditou que fosse ele de verdade) esconderia nossas cestas cheias de chocolates e guloseimas. Um acordava ao outro bem cedinho e saímos pela casa procurando, e quando um de nós encontrava a cesta do outro, a excitação era tanta que, óbvio, o outro já descobria o esconderijo. Mas o melhor momento era o café da manhã, quando nós três (eu sou a mais velha, daí tem a Gabi, o recheio, e o Ike, caçula) juntávamos todos os doces e pulávamos na cama dos nossos pais. O gosto dos bombons, marzipans e pedaços enormes de chocolate parecia ficar muito melhor naquela manhã de domingo. Que saudade boa!
FRANCIELE OLIVEIRA
Quando eu era criança, minha mãe fazia nossos ovos de páscoa e recheava com bombons da Nestlé. Lembro que no domingo de páscoa meus pais faziam patinhas de coelho com farinha de trigo no chão, levando (ou não) até os ovos de páscoa que ficavam escondidos em lugares da casa e quando eu e minha irmã acordávamos já corríamos em busca dos ovos. E eu, desde criança, devorava meus doces em menos de uma semana, enquanto todas minhas amigas demoravam um bom tempo. Tinha uma amiga que até deixava estragar e eu achava um absurdo, hahaha!
foto: Sweetapolita
FER FLAIBAN
Ai a Páscoa, apaixonada por chocolate do jeito que sou, confesso de pés juntos que quando criança, a manhã de Páscoa sempre foi a minha preferida. Morei a vida toda na mesma casa em que meu pai praticamente nasceu. Casa grande, de janelas enormes, com jardim a perder de vista. Na manhã de Páscoa, eu e minha irmã acordávamos ansiosas para procurar os ovos que o coelho escondia no meio da folhagem, na copa das árvores ou atrás de algum arbusto. O coelho era tão danado que em Páscoa chuvosa ele conseguia entrar em casa e esconder os ovos pela sala… Rs. Olha que até os 6 ou 7 anos eu e minha irmã ainda achávamos que era o coelho existia, afinal de contas ele deixava até rastros de pétalas de rosas para ajudar na busca. Saudade imensa desta época. Para falar a verdade, nem sei ao certo quando descobrimos que era meu querido pai o nosso coelho amado…sei que a Páscoa me lembra ele. Me lembra infância. E continua sendo a época do ano mais querida pra mim. Talvez por isso eu seja chocólatra de carteirinha hoje em dia.
PAULA LUMI
Quando eu era criança, meus pais escondiam os ovos pela casa. Era engraçado porque minha irmã sempre achava antes de mim, às vezes achava os ovos logo que meus pais compravam e me mostrava o esconderijo (mas fingíamos que nada sabíamos pra não acabar com a graça deles uahuahaua). Meu ditian e minha batian (vô e vó) também tinham este costume de esconder ovos de chocolate, acho que isso tudo durou mais ou menos até meus 12 anos.. Era tudo muito legal, mágico e divertido, e pretendo fazer isso quando tiver filhos!
Na casa da minha outra vó e vô sempre tinha almoço de Páscoa aos domingos, vinha até meus tios que moram fora. Era tudo muito gostoso! Consigo até lembrar o sabor, o cheiro dos pratos de lá e ouvir a risada do meu vô, o qual me faz muita falta! Foi uma época maravilhosa da minha vida. Acabei lembrando de muita coisa ao escrever este depoimento, fiquei muito emocionada, principalmente porque minha batian e meu vô paterno infelizmente não estão mais entre nós. Pode até parecer um depoimento triste, pelo tempo que se foi, pelos meus avós que partiram.. mas pelo contrário! Eu guardo tudo isso dentro do meu coração e fico feliz por ter tido estes momentos em minha vida!
Ps: Meu ditian me dá ovos de Páscoa até hoje (:
JOYCE GALVÃO
Os domingos de Páscoa eram sempre um acontecimento na minha infância. Não que meus pais produzissem a cena da busca pelos ovos, com patinhas e cenourinhas roídas pela casa, mas a ansiedade em saber se haveria chocolate para comer sem limites era o marco da minha Páscoa. Não me lembro muito claramente de algo memorável nas Páscoas da minha infância, o que lembro é que sempre ao abrir a porta do meu quarto, me deparava com os ovos ali, diante dos meus pés aguardando uma boca pequenina para devorá-los. O que levo com muita alegria no coração é minha época de namoro com meu marido. Ele sim faz de datas especiais como essa marcos inesquecíveis na minha vida. A vez que mais me lembro foi quando ele preparou um jogo de adivinhação, espalhando bilhetes e prêmios pela casa. Um bilhete, uma charada – se a resposta estiver correta, encontro um dos esconderijos e me acabo em chocolate. Foi divertido, sorriso do início ao fim, e que fim! Muito chocolate, opções tamanhas que até hoje não consigo compreender como devorei tanto ovo em menos de uma semana. Descobrir isso fez com que, além de assustado, desistisse de me encher de chocolate. Mas até hoje, a brincadeira continua, mesmo que para um único e humilde bombonzinho!
foto: Kanela y Limón
ANTONIO NOGUEIRA
Lembrar da minha infância sempre me traz doces memórias, mas especificamente das Páscoas a palavra doçura tem muito mais intensidade. Filmes, desenhos animados, trabalhos de escola e, claro, os ovos de chocolate. Diferentemente do Natal, em que os presentes permaneciam secretos em seus embrulhos até a hora da abertura, na páscoa, os ovos aqui em casa já eram (são ainda) comprados os preferidos de cada um (no meu caso os de oleaginosas: coco, amendoim, nozes, castanhas…), e todos sabiam quais eram os seus. Isso era um tipo de tortura, passar por eles vezes e vezes sem poder abrir antes do almoço de domingo.
Depois de abertos, os ovos iam e voltavam para a geladeira por dias, em pacotes de papel alumínio cada vez menores, as lascas de chocolate com aquele “efeito” esbranquiçado na superfície devido às variações de temperatura do vai e vem da refrigeração. Lembro-me também das muitas preparações à base de pescados com leite de coco e do quibebe, sempre me perguntei o porquê não se faz quibebe o ano todo, gosto tanto.
A Páscoa é um feriado grande como o Carnaval, tem pratos típicos específicos como no São João e presentes como no Natal. Compartilhem o amor, uma feliz Páscoa para todos!
TALITTA POMMIER
Quando eu era criança e morava no interior de São Paulo com meus pais, existia uma pequena fábrica de chocolates escondida num bairro residencial, num lindo terreno arborizado. Meu pai, que sempre foi fã de chocolates e escondia suas barrinhas da família pra poder comer tudo sozinho depois, descobriu essa pequena fábrica e de tempos em tempos nos levava até lá para fazer umas comprinhas “para as crianças”. E claro, a fábrica nos fazia sonhar… O aroma de amêndoas tostadas era o primeiro a nos saudar na porta. Depois, dávamos de cara com uma vitrine antiga (antiquada, vai), com todos os tipos de bombons de chocolate que minha mente infantil poderia imaginar, cada sabor enrolado com um tipo de papel colorido.
Mas a melhor parte era quando o dono da fábrica vinha nos receber e me deixava experimentar todos os chocolates que quisesse. Ele não era nem um pouco simpático, pelo contrário, era bastante ranzinza, mas se transformava ao ver a felicidade dos outros ao degustarem o seu chocolate. Este era o senhor Kirchen (que me explicou que seu nome significava “cereja” e daí a sua especialidade, um bombom de chocolate com cereja). Para a Páscoa, eu não pensava duas vezes: fazia questão de um ovo da “Kirchen”. Os ovos não eram os mais impressionantes do mercado, não faziam os “trufados”, ou com brigadeiro, com brinquedos dentro, embrulhados com papéis brilhantes de bichinhos de desenho animado nem nada. Mas eram ovos de Páscoa com alma, repletos de bombons coloridos, que me faziam lembrar das visitas na fabriquinha e da felicidade do meu pai ao sair de lá carregado caixinhas de bombons (e que eu nunca via a cor, haha). E na sua simplicidade, eles estarão na minha memória para sempre como os melhores ovos de chocolate mais perfeitos e felizes de todos os tempos.
NANDA NUNES
Então, a páscoa sempre foi um momento bem mágico na minha infância. Meus pais faziam verdadeiras artimanhas para tornar verossímil a lenda do coelhinho da páscoa. Cenouras roídas, rastro de patinha pela casa, bilhetinhos escritos em “coelhês”, caça aos ovos pelo jardim,… Era uma festa! O curioso é que eu gostava mesmo era desse clima, da fantasia, pq de ovo de páscoa eu nunca fui muito fã haha. Eu gostava mais do embrulho de papel laminado colorido do que do chocolate que ficava de lado para virar calda de bolo depois. São lembranças que eu vou guardar sempre!
ANDRESSA BENEDETTI TROPALDE
Quando eu era criança, a Páscoa para mim e para minha irmã, era especial, pois minha mãe que fazia os ovos em casa, fazia para a gente e para vender. E apesar de ela mesma fazer, minha mãe sempre dava um jeitinho de esconder os nossos, de forma que nem eu nem minha irmã sabíamos quais seria nossos ovos. Ela embrulhava escondido, sempre com muito carinho, ficavam lindos, e enchia (entupia) de bombons dentro, bombons de todo jeito, e os nossos eram os mais pesados. E o mais gostoso é que na manhã do Domingo de Páscoa, antes de acordarmos, ela colocava na cabeceira da nossa cama, bem ao lado do travesseiro. Nós acordávamos e já tinha um lindo ovo nos esperando.
Hoje eu sinto saudades dessa inocência que se tem quando somos crianças, e eu quero que quando eu tenha um filho consiga que a Páscoa seja tão gostosa quanto era na minha infância, não quero que meu filho vá ao supermercado e escolha o ovo que ele quer, quero algo mais especial, assim como foi para mim.
WINNIE DUARTE DA SILVA
Quando eu era criança, meus pais preparavam cestas pequenas com 6 ovinhos para cada irmão (até pros maiores haha), com 1 ovo de Páscoa grande e algumas balinhas. A cesta da escola era praticamente igual e a gente fazia cartinhas para toda a família. Era muito bom. E como gaúchos, no almoço de domingo não podia faltar o bom e velho churrasco!
CORINNA NICOLAU
Quando meu irmão e eu éramos crianças a nossa mãe fazia as patinhas do coelho com farinha e água e espalhava por toda a nossa casa: no chão, nas janelas, nos móveis. Essas patinhas nos guiavam até os ovos.
O que eu mais gostava era da caça aos ovos, da surpresa ao encontrá-los nos mais variados lugares.
Relembrar isso foi lindo e doce! É incrível como um momento tão simples fica marcado em nossas vidas depois de tanto tempo.
foto: Roteiro Baby
JESSICA CAROLINE SANTOS LAUREANO
Minha lembrança mais querida e inesquecível de Páscoa foi quando eu era bem pequena… no dia de Páscoa acordei mais cedo e peguei minha tia no flagra, fazendo patinhas de coelho na farinha esparramada pelo chão! rsrsrs Mesmo assim tudo ainda tinha seu encanto!
AMANDA NOVELETTO
Minha lembrança mais querida da Páscoa: procurar a cestinha preparada com muito carinho por minha mãe no domingo bem cedo e receber a visita da minha madrinha!
ahhhh…. época boa!
GABRIELA TAYAH
Sou de uma família judaica tradicional, então em nossa casa, diferente da maioria dos lares, nossas comemorações e preparativos eram sempre voltados para a Páscoa judaicas, os comes e bebes são bem diferentes dos da Páscoa cristã e passava longe essa história de ganhar chocolates.
Mas meu pai tinha um armarinho antigo no tradicional bairro da zona norte do Rio, no Grajaú, onde tinha todas aquelas clientes fiéis que , naquela época ainda compravam fiado, com nome no caderninho.. Todo ano na Páscoa sempre me mandavam coelhinho de chocolate da Kopenhagen e aquilo era tão, mas tão mágico e especial para mim que hoje, quando entro numa loja da rede e vejo o coelhinho, começo a viajar. Meus pais não são mais vivos, mas a lembrança do coelho de chocolate ainda vive forte na minha mente e meu coração.
PAMELA RABELO
Essa lembrança de Páscoa é clichê, mas tem coisa mais amada do que seu pai fazer patinhas de coelho com farinha pela casa toda e você ficar que nem louca correndo atrás pra achar os ovos? rsrsrs
O apartamento era todo acarpetado e dava pra fazer patinhas em praticamente todos os cômodos, eu achava o máximo xD
JULIANA SANTOS
Minha lembrança da pascoa é a minha mãe fazendo os ovos, todos eram diferentes, tinha branco, ao leite, ao leite com crocante e branco com crocante. Ela fazia tudo com cuidado, embalava e escondia na casa da minha avó. Juntava-me com meus primos para achar os ovos, no final do dia todos dividiam de forma igualitária. Bons tempos…
VANESSA SCANAGATTA
Melhor lembrança de Páscoa… Colorir as casquinhas de ovos com minha avó e depois fazer “cri-cri” (amendoim cozido com açúcar), sentir aquele cheirinho doce pelo ar, me lembra o aconchego e a segurança que minha avó me proporcionava na infância e o quanto ela me influenciou à amar estar na cozinha, criando, me divertindo e lembrando desses bons momentos…
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