Provamos a Cloudberry da Noruega | Røros
Para conhecer um pouco mais a fundo a cultura da região norte da Noruega, tiramos um dia para nos dedicarmos a explorar a culinária local. Nosso primeiro destino do dia foi Aursundgris, uma fazenda em Aursundveien, a menos de meia hora de distância de Røros. Eles são especializados principalmente em pesca e na criação de porcos. Por isso, tudo proveniente desses dois animais acaba sendo super fresquinho.
Como essa parte do país tem um inverno muito rigoroso, muitas plantas, tubérculos e raízes não se desenvolvem. Quando crescem, demoram meses para chegar ao ponto de colheita. Por esse motivo, a alimentação deles é baseada em carne e outros produtos derivados de animais. Ser vegetariana para eles é algo muito estranho justamente porque as pessoas que vivem nessa região não conseguem imaginar uma alimentação baseada apenas em frutas, legumes e verduras.
Uma das coisas mais interessantes dessa fazenda é que os peixes ficam todos livres e comem o que é proveniente da natureza, sem rações ou coisa do tipo. Isso faz com que a carne do animal seja o mais natural possível. A truta, que é um dos peixes mais comuns por lá, tem até mesmo uma cor diferenciada, bem parecida com a de um salmão. Além disso, qualquer pessoa pode pescar – basta pagar 15 coroas norueguesas!
Seguindo o trajeto fomos até Glåmos, uma aldeia de montanha ainda no município de Røros. Nosso ponto de parada por lá foi a Kalsa Gårdsbakeri, padaria localizada em uma fazenda dessa área. Provamos um pãozinho doce super gostoso e feito com ingredientes bem básicos. Ele parece um crepe, tendo como base farinha, leite, creme de leite, uma pitadinha de sal e fermento químico. Depois de assada, eles passam manteiga com açúcar por cima da massa e enrolam.
Outro tipo de “panqueca” tradicional que experimentamos se chama pjalt. Os ingredientes da massa são, basicamente, ovo, sal, leite, um tipo de xarope de açúcar, farinha e fermento. A massinha é servida com queijo da região e tem aquele gostinho de comida bem caseira, sabe?
Outra surpresa bem diferente do dia foram as cloudberries. Essa berry é uma espécie bem rara e que cresce em ambientes muito específicos. Alguns fazendeiros já até mesmo tentaram fazer plantações da frutinha, mas elas acabaram não crescendo. A frutinha tem um tom alaranjado e a colheita dela é muito delicada.
Ela deve ser pega uma a uma e é preciso saber onde elas crescem. Não deixe de pedir ajuda aos moradores locais caso queira colher suas próprias frutas. Como não tínhamos muito tempo, nós provamos a cloudberry já colhida no Vauldalen Fjellhotel. O Paulo achou o sabor bem gostoso, mas eu senti um fundinho fermentado no final que não me agradou tanto.
Esse mesmo hotel também conta com um restaurante localizado no meio da floresta, então não poderíamos deixar de conhecê-lo. Tivemos uma experiência bem diferente porque a cabana não tinha nenhum tipo de eletricidade. A iluminação vinha das velas e as comidas eram todas feitas na brasa. Tudo tinha um sabor muito especial e pudemos ter uma ideia de como é a verdadeira cozinha local.
Antes de voltarmos para o hotel fizemos um tour por uma antiga mina de cobre da região chamada Ølaf. Ela ficou ativa por aproximadamente 200 anos e atualmente é usada para que os turistas explorem a caverna e entendam a história de toda essa área da Noruega. É um tipo de turismo super autêntico e peculiar.
Como sempre, compartilhamos tudo isso e mais um pouco com vocês no nosso canal do YouTube. Vou deixar o vídeo aqui embaixo para vocês assistirem 😉