Pure Food and Wine Restaurant – NY
Bombom, este post é pra você querida.
Já comentei antes que aqui em NY encontramos de tudo, principalmente no quesito gastronomia. Há alguns dias, minha amiga que mora em Dubai estava de passagem por aqui e resolvemos celebrar nosso reencontro com um almoço. Como ela é vegan, resolvi fazer reserva para um restaurante que tem sido o Spot do momento aqui: o Pure Food and Wine. Um restaurante que além de Vegan, serve somente comida crua. Isso mesmo. Nós aqui chamamos de raw-vegan.
Interessante escolha para um dia ensolarado como os de verão. O Pure Food and Wine abriu as suas portas em 2004 e é o pioneiro nesta categoria. Localizado próximo à Union Square, onde acontece quase que diariamente uma feira de produtos locais e/ou orgânicos, tem um cardápio inusitado e cheio de sabores, isento de ingredientes processados. A carta de vinhos só possui vinhos orgânicos, biodinâmicos ou simplesmente produzidos dentro de uma cadeia sustentável. Eles possuem também um bar de sucos e shakes, todos feitos com ingredientes orgânicos e separados de acordo com o tipo de prensa.
As receitas também são gluten free e não possuem leite ou derivados do mesmo.
Curioso, não? Por essas e outras, vale a experiência.
Fiz reserva para às 13h30 e mesmo sendo uma quarta-feira, o Backyard estava repleto de clientes. Isso é muito característico de países que possuem as estações bem definidas: o inverno é tão rigoroso que qualquer dia ensolarado ou mais quentinho as pessoas optam por fazer suas refeições ao ar livre.
Ao sentarmos à mesa, o garçom super friendly nos recebeu com um sorriso, nos trouxe copos de água filtrada e o cardápio-dividido em entradinhas, prato principal, sobremesas, sucos e shakes. Nós três escolhemos o Menu pré afixado: por US$30.00 por pessoa, o mesmo é composto de uma entradinha, um prato principal e a sobremesa. À parte, pedi um suco de beterraba, gengibre, pêra e abacaxi. Experimentei também o shake de cacao com banana da Ju. Uma delícia!! Cheio de vida…rs…pude saborear o chocolate e a banana bem distintamente.
De entradinha, escolhi a Salada Mediterrânea, composta de couve, rúcula, azeitonas pretas, tomatinhos, pesto de macadâmia com semente de abóbora e vinagrette de aceto balsâmico. Ufa! Quantos ingredientes, né? Achei que não acabaria mais de digitar…rs.
A Porção de salada era gigantesca! Por um momento pensei que não iria dar conta! E o pesto de macadâmia realmente traz equilíbrio para o sabor ácido das folhas cruas combinadas com os tomates e o balsâmico.
De prato principal, escolhi a Lasanha de Abobrinha: camadas de abobrinha bem fininha, embebida em azeite de oliva, intercalado por pesto de macadâmia com semente de abóbora (again…rs), pesto de manjericão, pesto de tomates secos e fatias carnudas de tomate. Saborosa mas “pesada”. A surpresa ficou com a abobrinha, pois nunca havia pensado em ingeri-la crua. Já os pestos, todos três tinham sabores muito intensos e o tomate apesar de docinho foi totalmente dominado por eles. Provei também a salada ceasar, servida com o mesmo pesto de macadâmia e alga nori no molho de limão e as croquetes de castanha com algas, servida com molho tártaro -feito sem conservas nem maionese – e molho de pimenta doce. Interessante…
Para finalizar, cada uma de nós pediu uma sobremesa diferente e fiquei feliz porque queria mesmo provar todas as sobremesas do cardápio (dado que não levam nenhum produto lácteo, açúcar ou ovos). Posso dizer que as sobremesas, levando em consideração a limitação não só de ingredientes mas também de modos de preparo, provavelmente satisfazem àqueles que seguem uma alimentação raw-vegan mas para esta pobre coitada aqui, que vive no mundo dos doces, respira doce e que literalmente “could kill for dessert” foi uma experiência ok, nada demais.
As três escolhidas foram: tiramisu, mallomar (cookie de pecan envolto em chocolate com creme de baunilha) e lemon bar. O tiramisu estava ok. A mallomar foi a mais saborosa das três e o lemon bar com crust de coco e amêndoas estava tão azeda mas tão azeda que não consegui finalizar.
Fora a experiência gastronômica, dado a falação à respeito na mídia e opinião positiva de críticos da Revista Forbes e da NY Magazine, é super comum cruzar com artistas e celebridades por aqui. No dia do nosso almoço, o David Duchovny, protagonista do extinto seriado Arquivo X e a causadora de confusões Lindsay Lohan estavam almoçando por lá.
A dica é a de que independente da linha de alimentação que você tem, vale a pena a experiência. Se você for um raw-vegan então, tenho certeza de que não se decepcionará.
Preciso só avisar que não vá achando que por ser cru e à base de vegetais apenas, esta refeição te fará sentir fome meia hora depois. Mentira. Terminei o almoço às 3 da tarde e não consegui comer mais nada ( isso mesmo) mais nada até a manhã seguinte. A quantidade de oleaginosas (macadâmia) foi enorme e o valor calórico também é grande. Outra coisa (a Bombom fala melhor sobre este assunto): a comida crua, dependendo do ingrediente, se torna um pouco mais difícil de digerir, pois o processo de cozimento (para determinados alimentos) libera nutrientes que não estão totalmente biodisponíveis quando ainda crus. De qualquer forma, é incrível saber que há um restaurante destes por aqui e que as possibilidades e escolhas são praticamente infinitas.
Faça uma refeição assim e explore a conexão do seu corpo com o alimento vivo. Você encontrará novas possibilidades e novos sabores. A vida é feita disso!!
Se quiser saber maiores informações, dá uma passadinha no website. Vá lá: www.oneluckyduck.com