Prazo de Validade: Como definir?
Olá, pessoal, tudo bem?
Sou a Marcella Coser, colaboradora do blog e, conforme prometido no post sobre como rotular alimentos, hoje vamos falar sobre como determinar os prazos de validade dos nossos docinhos queridos.
Primeiro ponto importante de saber é o objetivo do prazo de validade. Ele é um farol que demonstra quanto tempo aquele alimento se mantém seguro para o consumo. Isso, pensando em contaminações por decomposição, características organolépticas e também quantidade de nutrientes.
Os alimentos são perecíveis por natureza, por isso muitos fatores podem influenciar no prazo de validade. Entre eles estão as características dos ingredientes, os métodos de preparo e armazenamento, a qualidade das matérias-primas, etc. Aliás, a Anvisa disponibilizou um guia completo sobre como definir o prazo de validade dos alimentos, mas por agora vou dar uma resumida nas orientações!
Como mencionei no post sobre os rótulos, na indústria são realizados testes para validar o prazo em que os produtos continuam adequados para o consumo. Para os caseiros, o processo é parecido.
É importante saber também exatamente como o produto deve ser armazenado: se é em geladeira, freezer, se ele pode ficar fora da embalagem original, enfim. Essas definições são fundamentais. Aqui no site Dani Noce, por exemplo, você encontra informações de como congelar bolos e como congelar docinhos de festa.
Definido isso, você vai começar a testar seu próprio produto. Para isso, estabeleça um protocolo de testes. De acordo com ele, você irá manter as amostras embaladas e armazenadas adequadamente (conforme determinado). Retire gradativamente as “porções” para cada teste (o prazo dos testes deve ser definido no seu protocolo).
Digamos que eu vá retirar uma amostra por semana para testar as características organolépticas do produto. Ou seja, sabor, textura, aparência e odor. Aposto que você já ouviu alguém dizer que com confeitaria não dá para fugir da receita, na verdade quando falamos de prazo de validade, essa regra é universal! É super importante que você anote as quantidades e modo de preparo corretos, porque assim seus preparos estarão padronizados.
Ainda digo mais: para você saber a partir de quantos dias seu bolinho começa ficar seco, por exemplo, você precisa prová-lo, certo? Legal, e como você vai saber se esse momento triste chegou sem comparar com um bolo fresquinho, recém saído do forno? Pois é, estando com sua fórmula mágica padronizada, você será capaz de produzir bolinhos sempre iguais e usar os jovenzinhos como padrão para saber quando essa receita já não é mais bacana de ser comercializada, isso pensando nas propriedades oeganolépticas, ok?
Além das amostras para análise sensorial, é importante realizar as análises microbiológicas e físico-químicas. O prazo também irá depender do seu protocolo.
Por fim, para definir seu protocolo de testes, busque produtos semelhantes aos seus para entender como eles se comportam com o passar do tempo. Ah, e se tiver um produto composto, como uma torta com recheio, considere sempre o menor prazo de validade como oficial.
Espero que tenham gostado, até a próxima!
Beijos,
Cella