A História do Bolo de Casamento
O bolo de casamento é uma das estrelas da festa – inclusive, arrisco dizer que é tão importante quanto o vestido de noiva. Tô mentindo?
Todo mundo quer garantir aquele pedacinho satisfatório do doce e aproveitar também as outras delícias da comemoração. Mas quem aí sabe de onde veio essa tradição tão forte de bolos brancos, decorados e com pelo menos dois andares?
Origem
Antes mesmo do bolo de casamento ser um bolo, o principal prato da festa era na verdade um tipo de pão. A receita costumava ser bem simples, tendo água e sal como principais ingredientes.
Nessa época, na Roma antiga, os noivos amassavam um pedaço de pão sobre a cabeça da noiva e, quanto mais ele esfarelasse, mais sorte e fertilidade o casal teria. Mas como os convidados participavam desse momento? Eles corriam e brigavam para pegar as migalhas com a intenção de também ter sorte e uma vida próspera. Quase que a mesma função função do buquê, mas sem envolver tanto o casamento.
Já na Inglaterra Medieval, o esquema era outro. Os pãezinhos eram temperados e organizados em uma grande pilha – quase como uma croquembouche. Ou seja, todo cuidado era bem-vindo para manter a torre em pé. E a tradição não acaba por aí! Os noivos tinham que se beijar sobre os pães empilhados e, se essa torre não caísse, eles teriam uma longa vida juntos.
E o bolo?
Depois do pão e antes do bolo, tortas eram os pratos mais comuns nos casamentos. Ah, e elas eram salgadas, e não doces! Pelo que se sabe, a anotação mais antiga que fala sobre essa tradição é de 1685, descrevendo uma torta larga, com carnes e especiarias.
Os doces em si só começaram a ganhar destaque quando o açúcar passou a ser mais “popular”. O ingrediente era caro e não era comum em muitos lugares! Por isso, de primeira os bolos eram feitos sem coberturas muito especiais. Depois, com o passar do tempo, principalmente na Inglaterra, surgiu uma tendência de decoração com frutas e nozes. Bem clássico, certo?
A cobertura branca mesmo só entrou em cena depois que o açúcar começou a ficar cada vez mais claro por causa do processo de refinação. Ah, e como esse era um ingrediente muito caro na época, usar cobertura branquinha era um sinônimo de riqueza!
Falando em riqueza, foi a própria realeza que marcou essa tradição de bolos grandes, brancos e decorados. A versão clássica servida até hoje nas festas foi idealizada para o casamento da rainha Victoria, em 1840.
Ou seja, o clássico glacê real que tanto ouvimos falar começou a ser feito nessa época aí. Quem sabia dessa? E tem mais! Como os bolos começaram a ser brancos, a cor do doce passou a simbolizar também a pureza da noiva.
Corte em dupla?
Outro fato bem curioso com relação ao bolo de noiva é o ritual do casal de cortar o doce juntos. Isso só acontece hoje em dia porque no passado os bolos começaram a ficar muito duros por causa das coberturas e das várias camadas.
Nesses casos, a noiva ‘precisava’ da ajuda do noivo para cortar a delícia. A partir daí, esse costume da cerimônia virou sinônimo de cumplicidade e amor.
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