On Yoga, a arquitetura da paz: tudo sobre o documentário
Quando alguém pergunta se você sabe sobre o que é Yoga, qual a primeira resposta que vem a sua cabeça? “É um exercício físico para deixar as pessoas bem” ou “Uma prática muito antiga que ajuda para a ansiedade”. Nenhuma dessas respostas (e talvez nenhuma outra) vai conseguir responder exatamente o que é o Yoga. E esse é o principal ponto de partida do documentário “On Yoga: A Arquitetura da Paz”.
A produção é uma viagem pelo mundo, a começar por sua criação: baseado no livro do fotógrafo britânico Terry O’Neill, criado pelo cineasta brasileiro e pernambucano Heitor Dhalia, com entrevistados da Índia, Nova York e outros tantos lugares do Oriente e Ocidente. São quase 90 minutos de lindas imagens e uma narrativa que acalma e aprisiona ao mesmo tempo: a gente quer saber mais, fica aficcionado pelas imagens e é levado ao relaxamento e tranquilidade.
QUAL A HISTÓRIA?
Tudo começou quando O’Neill, após uma vasta carreira como fotógrafo de importantes celebridades, realizou uma cirurgia na coluna e perdeu o movimento do braço direito com o diagnóstico de que nunca mais iria mexê-lo. Inconformado, procura o Yoga e a Meditação para se curar. Ao entrar nesta nova fase realiza fotografias de professores de Yoga e cria o livro “On Yoga: Arquitetura da Paz”, que também dá nome ao filme.
O documentário parte dessa história, mas não se preocupa em realizar uma narrativa sobre o fotógrafo. A ideia é trazer uma outra perspectiva sobre o conhecemos sobre o Yoga. Para isso, traz muitas entrevistas acompanhadas de imagens surpreendentes que dão conta de fazer uma reflexão sobre o quanto o Yoga é uma filosofia de vida capaz de transformar a nossa percepção sobre a vida.
PRINCIPAIS ENSINAMENTOS
“Yoga não é apenas uma aula de 45 minutos, Yoga não é apenas no tapete […] Yoga é todo suspiro, Yoga é você”, diz um dos entrevistados, não nomeado pelo documentarista. Inclusive, este é um ponto importante: nenhum dos entrevistados é acompanhado de seu nome, local… O filme nos envolve a ponto de não necessitar disso.
O documentário discute muito sobre a nossa tentativa de explicar o que é o Yoga. O que acontece é que talvez seja inexplicável e uma necessidade Ocidental de conceituar as coisas. Um dos entrevistados fala sobre o Oriente fazer com que o Yoga seja vivenciado, experienciado no corpo de cada um, como prática de expansão da consciência.
Outra discussão muito interessante é que “nascemos para aprender a morrer”. Essas são as palavras de uma das entrevistadas. Sobre a vida ser um processo de conexão com o outro mundo espiritual, sobre ser uma passagem e sobre como enxergamos essa realidade.
POR QUE VALE MUITO A PENA ASSISTIR?
Os motivos para assistir são muitos: a fotografia é linda, nos leva a entender a mensagem sem ter necessidade de muitas palavras. Mas, também, as próprias palavras e conexões feitas entre elas e as imagens são um dos principais acertos dessa produção.
O documentário propõe conhecer outras culturas e refletir sobre a nossa forma de vida. Também fala sobre como estamos enxergando a realidade e principalmente sobre outras possibilidades de existência. Tudo isso acompanhado de uma sonoridade (de Silvio Piesco) e cores que levam ao relaxamento. É uma experiência única e esteticamente impecável.
Tem disponível na Netflix, clique aqui.
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Tem mais algum filme sobre o Yoga que você queira indicar? Deixe nos comentários!