Felicidade: é possível medir e praticar esse sentimento?
Já imaginou que é possível medir a nossa felicidade? Sim, pode parecer algo que está dentro da gente, de uma forma bastante subjetiva ou praticamente inexplicável. No entanto, existem muitos estudos que se propõe a pesquisar o quanto somos felizes, sobre em que situações podemos ter mais ou menos desse sentimento e até de em quais lugares podemos encontrar a nossa felicidade. É algo bastante complexo, filosófico e reflexivo, mas que com certeza tem algum ponto de encontro com cada um de nós. Vamos entender mais?
O QUE É FELICIDADE?
A resposta para essa pergunta é extremamente ampla, não é? Os cientistas, filósofos e pesquisadores tem muitas respostas, que são totalmente válidas pois são frutos de muito estudo. No entanto, cada um pode encontrar sua própria felicidade, seja onde for.
Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia, diz que a felicidade é a soma de prazer engajamento e significado. Mihaly Csikszentmihalyi, da Universidade de Chicago, fala que tudo está na fluidez espontânea quando realizamos ações. Para Leandro Karnal, pesquisador brasileiro, a felicidade é possível de reconhecer quando podemos entender que ela é o oposto de estar infeliz. Robert Waldinger, diretor de um estudo de 75 anos sobre o desenvolvimento adulto, na Universidade de Harvard, diz que pessoas com boas relações sociais possuem maior nível de felicidade. Ufa, esse é só o começo da reflexão e temos muito pontos de vista 😉
Isso sem deixar de mencionar que são diversos fatores que podem nos ajudar a classificar o quanto somos, ou melhor, estamos completos por essa emoção positiva, de bem-estar e prazer que chamamos de felicidade.
OS NÍVEIS DE FELICIDADE
Os níveis de felicidade podem ser interpretados como “a temperatura” do quanto estamos exalando as emoções mais felizes – como a empolgação, alegria e entusiasmo – ou por partes da vida e da sociedade que nos tornam mais ou menos felizes. Estes últimos podem ser desde fatores ligados às relações sociais, estabilidade financeira, realizações ou até mesmo a genética.
No primeiro caso, é muito importante entendermos que as emoções e a felicidade fazem parte de algo que estamos sentindo. Ou seja, não é duradoura ou constante e não estará no seu nível máximo o tempo inteiro. De fato, temos um nível saudável, mas que com grandes acontecimentos podemos ficar muito mais entusiasmados ou menos. E para isso nem precisamos de muitos estudos, certo? Sofrimentos, lutos ou perdas podem acarretar no sentimento oposto, a tristeza, mas também de forma passageira.
A segunda maneira de interpretar os níveis de felicidade é importante para entender onde podemos encontrar a felicidade. De acordo com estudos feitos pela Universidade de Harvard, acompanhando a vida das mesmas pessoas por 75 anos, as que se mantiveram mais felizes e saudáveis física e mentalmente mantiveram suas relações sociais com maior qualidade. Ou seja, a felicidade pode estar em muitas coisas, mas sobre uma delas temos um pouco de controle: com quem nos relacionamos, quem ouvimos, com quem falamos e de quem gostamos de estar perto.
AS MÚSICAS TRISTES DA QUARENTENA
Claro que nem tudo é tão controlável ou fácil dessa forma. Às vezes a gente é atormentado por uma pandemia, por exemplo. Uma pesquisa da DeltaFolha, que analisou o que estava sendo escutado no Spotify em 34 países durante a quarentena, revelou que os brasileiros foram os que mais ouviram músicas tristes (as com timbres mais melancólicos, avaliadas pela valência, que identifica traços melódicos da canção).
Por outro lado, ainda que essa informação faça o diagnóstico de que estamos muito tristes, algumas pesquisas já relataram que ao escutar músicas tristes estamos em busca da felicidade, no caminho inverso. Chorar escutando Adele pode aliviar muitas tensões, não é? As músicas que acalmam, para meditar ou tornar o ambiente mais sossegado e tranquilo também estão dentro dos hits mais escutados durante esse momento.
É POSSÍVEL PRATICAR A FELICIDADE?
Escutar músicas que nos deixam mais felizes já é um bom caminho, certo? Mas existem tantas outras práticas que podem nos ajudar a encontrar o que precisamos para sermos mais felizes. A primeira delas, sem dúvida, é o autoconhecimento. A meditação e o yoga são ótimos caminhos para vivenciar esses momentos de maior introspecção e olhar para dentro de si.
Praticar rotinas de autocuidado, manter o corpo e mente saudáveis, assistir bons filmes e começar a olhar o mundo de uma outra forma são práticas essenciais para alguém que busca pela felicidade. E como já dito por muitos pesquisadores, para ser feliz, mantenha boas relações sociais.
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