Como transformar comportamentos em hábitos
Ultimamente, em maior parte por causa da quarentena, a vontade de fazer coisas novas tem aumentado muito. Seja por querer sair do tédio e descobrir algo novo ou por perceber que os antigos comportamentos não tem feito mais tanto sentido nas nossas vidar – ou poior: estão até fazendo mal. O que acontece é que muita gente tem testado atividades novas, como meditação, yoga, leitura, alimentação saudável e diferentes hábitos para tentar se sentir melhor. Mas tem vezes que é tão difícil, sabe?
A real da história é que praticar novas tarefas é muito diferente de construir realmente um hábito diário, que possa durar muitos dias, meses ou talvez mude totalmente o nosso estilo de vida. Os hábitos exigem planejamento, vontade e algumas estratégias criadas a partir de estudos científicos. Podemos, sim, transformar comportamentos em hábitos, mas como?
A ideia de fazer essa mudança é tornar nossa rotina mais fácil e tranquila, sem que exista uma cobrança. Ou seja, aí já vem o primeiro ensinamento: hábitos não devem consumir tanta energia ou ser algo extremamente doloroso. Talvez no início um pouco mais, mas depois deve ser algo quase que natural, que faça parte de você. E para ser dessa forma, precisam ser seguidas algumas “regrinhas”. Vamos nessa?
O QUE É MAIS IMPORTANTE AGORA?
Primeiro, é necessário colocar no papel quais são suas vontades e prioridades. Liste todos os comportamentos que você gostaria de praticar e decida quais deles são mais importantes para você agora. Você vai ter que fazer uma seleção porque infelizmente, pra maioria das pessoas, não dá pra mudar tudo de uma vez. Eleja quais serão as principais ações trabalhadas nesse momento. O ideal é não tentar criar muitos hábitos ao mesmo tempo, isso pode acarretar uma sobrecarga de tarefas e responsabilidades e gerar frustrações.
Essa também é a hora de listar a quantidade de tarefas a serem praticadas para que comportamentos isolados se tornarem hábitos – isso varia de pessoa pra pessoa e hábito pra hábito. O que precisa ficar claro são metas de curto, médio e longo prazo.
ONDE TUDO COMEÇOU?
Agora é a hora de praticar o autoconhecimento e olhar para você, para sua rotina e seus comportamentos para entender quais são os disparadores ou gatilhos que fazem você continuar com um hábito ruim ou deixar de concluir um hábito que queira inserir na rotina.
Por exemplo, sempre que você vai meditar tem algum barulho muito forte na rua que te desconcentra e você fala: “ah, já que tem barulho não vou fazer agora”, e acaba não fazendo depois. Ou ainda, picos de estresse que te fazem realizar alguma ação “prazerosa” que esteja tentando evitar: comer doce, fumar… Enfim, identifique o que te leva a realizar esse o comportamento e trabalhe a partir desse gatilho. Quer um exemplo? No caso da meditação citado anteriormente, talvez seja melhor meditar em outro momento mais silencioso ou usar um app de meditação guiada com fones de ouvido. No segundo caso, que tal trocar os doces e cigarro por outra ação prazerosa? Pode ser comer uma fruta que goste muito, escutar uma música que ama ou até ligar para alguém.
FAÇA EM DIAS BONS OU RUINS
Um dos ensinamentos mais importantes é entender que a repetição é muito importante para a continuidade de prática e criação de um hábito. O corpo e mente entendem que esta atividade é importante para nós ao passo que vamos descobrindo melhores formas de praticar, além de torná-la mais fácil e prazerosa. Ainda, nos tornamos mais felizes e realizados ao ver que estamos conseguindo continuar o que planejamos.
E claro, existem dias bons e ruins, nem sempre estaremos confortáveis e animados para fazer o que propomos. Mas, é importante continuar mesmo assim, para entender como agimos ao realizar aquela ação mesmo nos piores dias.
ACOMPANHE SEU DESENVOLVIMENTO
Já que a ideia é repetir, sem pular etapas do planejamento, nada melhor que visualizar o seu progresso. Então, crie uma forma de registrar todos os seus passos: pode ser marcando em um calendário (imprima aqui) os dias que fez determinada tarefa, anotar em um caderninho suas percepções, marcar com um pin no seu mural, dar um check no seu planner… Escolha a forma que mais combina com você ?
A ideia é dar a sensação de “tarefa cumprida” que estimula para que a gente continue sem pular etapas e ter a noção de tudo que está sendo conquistado por você. E mais, quando perceber que chegou no seu “momento confortável” também pode ser uma ideia aumentar suas metas: o objetivo era ler 20 páginas por dias, leia 30 agora.
CELEBRE SUAS CONQUISTAS
Olhe para as suas anotações de quantos dias já cumpriu e permita-se agradecer por esse momento e reconhecer que você foi longe. Use isso como impulso para ir ainda mais, lembrando que os hábitos levam semanas para serem construídos – depende do quão difícil é para você.
Além disso, um dos pilares dos hábitos humanos é a “recompensa”, por isso é muito importante o que você terá de bom (ou não) ao praticar esse hábito. Ou seja, tomar uma quantidade saudável de água todos os dias irá trazer uma melhor qualidade de vida, certo? Então, veja essa conquista no futuro e reconheça quando perceber que está fazendo efeito.
NÃO SE COBRE TANTO…
Por fim, entenda que são muitas estratégias, dicas e direcionamentos para construir um hábito, mas que cada um tem sua própria história e formas diferentes de encarar a vida. Portanto, caso você não consiga prosseguir com um hábito ou pule um dia ou outro, respire fundo, reflita o porquê isso aconteceu, mude algumas coisas que achar necessário e volta para o seu planejamento.
Mas, não desista tão fácil não. É comum que sua mente e corpo queiram voltar para o estado inicial e criem formas de burlar esse novo hábito que você está tentando construir. Lembre-se que a repetição é o mais importante!
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Qual o hábito mais recente que você tem desenvolvido? Deixe nos comentários 🙂