Crenças limitantes: o que atrapalha a relação saudável com o dinheiro
O fato é: nós, brasileiros, não temos como cultura e base de aprendizagem a educação financeira. As motivações para isso vêm de uma passado repleto de inflações, crises governamentais e incertezas. Ou seja, nos falta conhecimento sobre o assunto e por isso acontecem as chamadas crenças limitantes. Que são ideias pouco refletidas e que nem sempre representam a total realidade sobre o assunto. Podemos chamá-las também de “pensamentos que atrapalham a nossa relação saudável com o dinheiro”.
Ultimamente o termo foi cunhado e utilizado por empreendedores, coachings, investidores e perfis profissionais do mesmo campo. No entanto, esta não precisa ser a única abordagem das crenças limitantes. Organizar-se financeiramente, ter controle sobre os próprios gastos e manter-se saudável em relação às próprias economias é fundamental para ter uma vida mais leve, tranquila e prazerosa. Isto é: o foco principal não precisa ser ficar milionário – a não ser que você queira.
Então, esse texto promete apresentar algumas dessas crenças limitantes, que mais podem fazer sentido no contexto do autoconhecimento, autocuidado, relação saudável com o dinheiro e planejamento pessoal. Não estão todas aqui, ok? São exemplos e que podem servir como inspiração para você repensar quais outras podem fazer sentido para você. E claro, ressignificá-las!
PENSAR SOBRE O DINHEIRO É COISA DE RICO
A primeira das crenças limitantes já chega para desmistificar essa ideia de que só pessoas ricas precisam ou podem ter conhecimento sobre como lidar com o dinheiro. Assim como várias outras áreas da vida, gostando ou não, nesse sistema que vivemos, o dinheiro é um ponto muito importante.
Os benefícios estão relacionados não somente a fazer uma reserva econômica ou “ganhar mais”. Mas também, inicialmente, a conseguir visualizar suas vontades, desejos e agir sobre elas. Gastando conscientemente para evitar abusos tanto com gastar demais quanto com economizar friamente.
INVESTIR É COISA DE RICO
O mesmo vale para quando isso sai do pensamento e chega na hora de investir, por exemplo. Pequenas quantidades, mesmo que iniciais, já podem iniciar uma prática, hábito e dedicação para tal: a parte mais difícil do processo.
É importante pensar também que nesse caso “tempo” pode ser considerado como “dinheiro“. Afinal, quanto antes começar melhor. E não precisa ser um processo complicado, ok? Pesquise e tenha certeza que tem um monte de gente no mesmo barco que você – com dúvidas querendo saber como fazer para investir mesmo ganhando pouco.
NÃO DÁ PARA GANHAR DINHEIRO FAZENDO O QUE GOSTA
Tem também quem diga que trabalho é algo chato e que se for fazer o que realmente gosta não iremos conseguir nos manter. Esta é uma ideia complexa e bastante complicada. Afinal, se pararmos para analisar, tudo pode ser encarado como uma via de mão dupla: se faz o que gosta, conseguirá dedicar-se mais, aplicar-se melhor e então, mais retorno financeiro virá.
Claro que nem todo mundo vive em um contexto de escolhas possíveis. Muitas relações sociais definem o que é mais fácil ou difícil para alguns. Mas, mesmo assim, buscar fazer o que gosta é um dos caminhos também possíveis para ganhar dinheiro.
DINHEIRO FAZ MAL
Esta ideia é um pensamento equivocado pelo seguinte motivo: o dinheiro é apenas um meio e não o fim da história. Ter o dinheiro abre possibilidades para muitas ações e elas podem fazer ações distintas, tanto para o bem quanto para o mal.
Também, muito se fala que dinheiro não traz felicidade. A primeira ideia é confrontada por quando se pode buscar realizar sonhos com investimentos financeiros. Mas calma, isso não quer dizer que só é possível ser feliz com dinheiro. Também não, mas talvez a relação entre felicidade e grana não seja tão direta assim.
SONHOS SÃO SÓ SONHOS
Imagina uma vida em que as ideias ficam apenas no plano da imaginação? Parece um tanto triste, afinal, esta ideia de que sonhos são apenas para serem sonhados impede que muitas realizações sejam feitas. O dinheiro tem relação com isso quando ele se faz presente na concretização destes sonhos: comprar uma casa, viajar para algum lugar especial ou simplesmente viver uma vida mais saudável.
Também, é importante refletir sobre as expectativas. Quando sonhamos criamos um mundo ideal do que gostaríamos de alcançar. No entanto, vale ressaltar que essas são apenas expectativas e não necessariamente serão alcançadas. Saber sonhar, criar expectativas reais e lidar com frustrações é o melhor caminho.
TODOS OS RICOS SÃO DESONESTOS
Assim como pensar que dinheiro faz mal, não é ele que torna ou que fará alguém se tornar desonesto. Os valores continuam – ou pelo menos deveriam – com quem enriquece. Ou seja, existem sim formas desonestas de ganhar dinheiro, assim como pessoas que se tornam desse jeito ao ficarem ricas – mas está longe de ser uma verdade absoluta.
Entender sobre o dinheiro, saber se planejar, estudar quais as possibilidades reais e focar nesses pontos é a estrada mais certeira para que a honestidade permaneça e os sonhos possam se concretizar.
EU NÃO NASCI PARA SER RICO
E por último da lista de crenças limitantes, a ideia de que nascemos predestinados a algo. Claro que vários aspectos sociais relacionados aos privilégios sociais induzem a muitos facilitadores para a “riqueza”. Ainda assim, a ideia de que “não nasci para ser rico” gera um bloqueio mental que pode impedir que seu corpo esteja disposto para pensar, entender e agir a favor dos seus próprios desejos.
Isto é, existem complicadores sim, no entanto, se conseguirmos refletir e eliminar os que estão dentro da nossa mente para agir contra a maré, o caminho será mais fácil. Além disso, qual a noção de “rico” para você? Não tem necessidade de almejar milhões. Ações concretas e que geram uma relação saudável que equilibre suas necessidades pode fazer parte de melhores escolhas.
***
Tem mais algumas crenças limitantes em relação ao dinheiro e que você acha importante mencionar? Deixe nos comentários 🙂