Coco
O Coco é um dos ingredientes mais versáteis, dele são derivados pratos doces ou salgados, quentes ou frios e até bebidas. Ele entra nas receitas como elemento principal ou só pra dar um toque. Num dia de calor, uma pausa para a água de coco é revigorante e convenhamos que coqueiros sempre deixam as praias mais bonitas. Talvez eles estejam nelas à espera dos peixes para fazer moquecas, enquanto balançam ao vento para te acenar boas vindas! Ainda do coco são extraídos compostos para a indústria cosmética, a farmacêutica, a de produtos de limpeza e até para jardinagem.
Manjar de coco, cocada, queijadinha, moqueca, tapioca ensopada com leite de coco, pão doce, baba de moça, moranga de jerimum (abóbora) com camarão… São inúmeras as preparações com esse fruto divino, mas você já abriu um coco? Já extraiu leite de coco? Provavelmente a resposta da maioria será: “não”. Isso porque dá trabalho ou porque desde sempre usou o preparo industrializado de caixinha ou garrafa. Eu concordo sobre a praticidade e muitas vezes eu uso o industrializado, contudo eles possuem os conservantes: Sorbato de Potássio, Benzoato de Sódio e Metabissulfito de Sódio, tem Ácido Cítrico e o espessante Carboximetilcelulose de Sódio. Aí fica a pergunta: Até onde é leite de coco? A gente vive num mundo imediatista onde as comidas levam tantos aditivos para durarem mais tempo, mas será que isso faz a gente durar mais tempo?
fonte: Ser da Natureza
Isso me faz pensar no movimento Slow Food de Carlo Petrini e em Michael Pollan quando em suas “regras de comida” diz: “Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida”. Isso porque minha avó não permitia que entrasse na cozinha dela o leite de coco de garrafa, ela dizia: “Suma daqui com isso, coisa de gente preguiçosa, tome aqui o dinheiro, vá na venda e me traga 2 cocos”. Então ela partia o coco seco, descartava a água, raspava com um ralador para cocos, espremia o coco seco fresco e ralado com um pano de algodão que ela tinha para isso (fazer uma forcinha era preciso). É o melhor leite de coco que existe, fresco, espesso e saboroso, o industrializado não chega aos pés.
Com o que havia ficado do coco no pano ela batia no liquidificador com um pouco de água morna (não fervente) e repetia o processo do pano para uma segunda extração de leite de coco, que era mais rala. Resumindo a história, minha vó (Olivia) fazia leite de coco extra virgem e depois, com a segunda prensa, um leite de coco virgem. Fazia comidas de verdade para um batalhão de filhos, netos, comadres… Não era Chef no papel nem de dólmã, mas botava muito “renomadinho” no bolso, fácil! Fazia comida, trabalhava para satisfazer as pessoas e não o próprio nome.
fonte: Style Craze
Sobre Coco
Dica 1: Cada tipo de gordura, vegetal ou animal, suporta níveis particulares de calor. Se a temperatura que você está aplicando à gordura no cozimento passar do limite, começam as alterações químicas indesejadas como o surgimento de substancias tóxicas e radicais livres. O leite de coco não suporta muito calor, então ao usá-lo para receitas quentes, só adicione no final do preparo com o fogo já desligado e sem fervura intensa. Uma das alterações que a gordura do coco pode ter é a saponificação, ou seja, transformação de gordura em sabão. Se alguma vez algum preparo seu com coco já ficou com ligeiro gosto de sabão, foi por causa disso.
Dica 2: Para preparos que levam leite de coco, sempre é bom o uso de antioxidantes, eles vão dar mais durabilidade à gordura do coco mantendo seu frescor sem nenhum aditivo químico industrial. Alguns antioxidantes: Canela, Cravo da Índia, Pimenta do Reino, Vinho Tinto, Manjericão, Hortelã, Fava de Baunilha… Todos esses aromáticos são antioxidantes e podem conferir um sabor a mais na sua preparação. Confira a Calda Antioxidante que a Dani fez para o Manjar de Coco, clique aqui.
fonte: Rawmazing