Flambar
Esta é uma técnica muito utilizada na gastronomia. Tanto em pratos salgados quando em sobremesas, a flambagem é, digamos, a cereja do bolo. O toque especial que acrescenta muito mais sabor, textura e aroma ao prato através da “passagem pela chama” (definição do termo francês flamber).
Para flambar algum alimento, é preciso escolher a dedo uma bebida alcóolica. Afinal, é o gostinho dela que será incorporado pelo alimento. Ah, o teor de álcool deve ser de 40%. O conhaque é o mais utilizado, mas o rum, uísque, licor e até cachaça também têm saída.
Este é um pequeno glossário das bebidas mais utilizadas para flambar doces:
(fonte: Gazeta do Povo)
Kirsch – Destilado com efeito digestivo feito de cereja. Muito utilizado em drinques.
Calvados – Destilado fino, de origem francesa, feito à base de maçãs.
Eau-de-vie – Destilados de vinho, como o conhaque, feito de peras.
Cointreau – Licor francês de laranja e erva aromática, muito usado como digestivo e aperitivo.
Grand Marnier – Licor de laranjas em conhaque. Pode ser tinto, que é mais forte, ou mais doce. É usado como aperitivo e faz parte dos ingredientes de drinques variados.
Para flambar o que você deseja, a frigideira é o instrumento ideal, pois como tem as bordas mais baixas, é mais fácil para o álcool inflamar. É preciso muito cuidado e atenção, portanto nada de fazer cinco coisas ao mesmo tempo nessa hora, ok?
A frigideira deve estar bem quente. Adicione um pouco da bebida no canto oposto a você, para não se queimar. Depois, incline a borda para que o fogo toque o álcool e, assim, a comida fique em chamas! Mas depois disso, não pode colocar mais bebida, é muito perigoso. Espere que o fogo apague. O resultado é um prato muito mais saboroso e especial.
Um pouquinho de história: dizem que a técnica nasceu de um descuido, como muitas descobertas na culinária. No fim do século 19, o chef Henri Charpentier estava preparando Crepe Suzette para o príncipe de Gales Edward VII, quando se distraiu e o fogo subiu na frigideira. Como o doce estava embebido em conhaque… Aconteceu. Pelo menos o acidente rendeu bem, né?