Do cacau ao chocolate: entenda todo o processo
Todo mundo sabe que o chocolate vem do cacau. Mas antes de chegar às prateleiras, os grãos ainda passam por um largo processo. Hoje você entenderá o que acontece desde a colheita até o momento em que essa delícia é embalada, tintim por tintim! Que tal abrir aquela barra e deliciar-se enquanto aprende mais sobre a origem do chocolate?
A primeira parte dessa aventura começa nas plantações. O cacau se dá principalmente em regiões tropicais, de clima quente e úmido. Desde o momento em que são plantadas, as árvores de cacau demoram em média 3 ou 4 anos para tornarem-se furtíferas. Passado esse tempo, começam a nascer flores, das quais apenas algumas sofrem fecundação e desenvolvem frutos.
A colheita de cacau acontece duas vezes ao ano, a cada cinco ou seis meses. Após colhidos, os frutos são cortados ao meio cuidadosamente para não danificar as sementes, que estão presas na polpa e devem ser retiradas uma a uma manualmente. Cada fruto contém entre 20 e 40 sementes (mais ou menos do tamanho de uma amêndoa).
Depois disso, é feita a fermentação: as sementes são colocadas no chão e cobertas sobre folhas de bananeira ou em caixas de madeira com buracos que permitem que o excesso de líquido escorra. Esse processo, que pode demorar até 8 dias, tem como objetivo evitar a germinação e remover os resíduos da polpa que ficam presos na semente. Concluída esta parte, a cor das sementes muda de bege para roxo e sua acidez é reduzida.
Depois da fermentação, os grãos de cacau ainda estão bastante úmidos. Antes de serem enviados aos fabricantes de chocolate, os grãos devem passar pelo processo de secagem. Normalmente, os grãos (também chamados de amêndoas) são espalhados pelo chão e secam com o calor do sol. Depois de secas, as amêndoas são separadas por tamanho e qualidade – critérios importantes na hora da venda. Logo, são guardadas em sacos e enviadas aos fabricantes de chocolate.
Em geral, os fabricantes de chocolate guardam alguns segredos sobre seus produtos, como a qualidade, tipo dos grãos utilizados e fórmulas especiais de produção. Digamos que existem vários caminhos para chegar até o chocolate, mas cada fabricante tem sua própria trilha.
Ao chegarem às mãos do fabricante, algumas amostras dos grãos passam por testes, onde são analizadas suas características e peculiaridades. Depois, para remover qualquer pedrinha ou restos de terra indesejados, os grãos passam por um processo de limpeza.
É então que uma máquina separa as cascas dos “nibs” do cacau (sementes trituradas), deixando estes últimos prontos para serem torrados. Em seguida, os nibs são moídos e aquecidos. Por terem em sua composição cerca de 53% de manteiga de cacau, os nibs atingem uma textura líquida durante o processo e se transformam no que é conhecido como “licor de cacau”.
O licor de cacau já pode ser usado para fazer chocolate, transformado em cacau em pó ou ter sua manteiga de cacau extraída para outro propósito. Porém, alguns fabricantes mais exigentes incluem na sua lista mais um processo conhecido como “conching”, que reduz um pouco da acidez do chocolate e faz com que o produto derreta na boca mais facilmente.
Neste caso, a máquina de conching amassa e mistura o licor de cacau e os demais ingredientes (açúcar e leite, no caso do chocolate ao leite) até chegar na textura desejada. Esse processo pode levar horas ou dias, dependendo da qualidade que o fabricante quer atingir.
Por último, o chocolate é temperado e moldado em barras ou em outra forma desejada pelo fabricante. Depois, o produto é embalado e está pronto para chegar às prateleiras.
Gostou? Pronto para plantar uma árvore de cacau no seu pátio e fazer seu próprio chocolate? Hum… Que delícia!
Fonte: EcoleChocolat.com e Callebaut.com