Malbec, a uva da argentina
Apesar de se tratar de uma uva que tem origem na região de Bordeaux, na França, nos dias de hoje a Malbec é considerada por muitos a uva da Argentina, por ser a uva mais cultivada no país, uma vez que se adaptou perfeitamente ao terroir argentino. Na França, essa uva é chamada de Côt ou Auxerrois, porém, em homenagem a um viticultor húngaro, que fez muito pelo cultivo e expansão desta casta, acabou sendo “apelidada” por seu sobrenome: Malbeck, nome esse que foi adotado na Argentina, e pode ser encontrado atualmente em alguns rótulos franceses. A Malbec foi levada para a Argentina no século XIX pelo agrônomo francês Michel Aimé Pouget, que trouxe da França diversas castas, entre elas a Malbec.
Esta uva é capaz de produzir vinhos de guarda longa, que devem ser consumidos com pelo menos 3 anos, uma vez que quando muito jovens apresentam-se desequilibrados, com álcool, acidez e taninos que não o valorizam! Seus vinhos, quando bem elaborados, apresentam cor vermelha bastante escura, sendo em alguns momentos denominado como “vinho negro”. Trazem em seus aromas uma de suas principais características: o intenso aroma de frutas vermelhas maduras, e conforme sua evolução na garrafa, podem aparecer novos aromas, tais como baunilha, couro, especiarias, coco, chocolate, café, tabaco e madeira. São vinhos bastante encorpados, porém agradáveis e dificilmente agressivos ao paladar, sendo em geral bastante sedosos, com final longo na boca. Eu particularmente amo Malbec! E se alguém me forçasse a dizer qual minha uva predileta, eu diria Malbec (forçasse porque não gosto de classificar meus vinhos prediletos pela uva, mas sim pela garrafa… rsrsrs)!
Para harmonizar bem seu Malbec, vocês se lembram de um dos primeiros artigos que eu escrevi falando da relação do país de origem do vinho e sua gastronomia? Então aqui essa regra é mais que válida! Carnes argentinas ou cortes argentinos ficam simplesmente perfeitos na companhia de um Malbec! Bife ancho, chorizo argentino, tapa de quadril, entrecot… Churrasco e Malbec = casamento perfeito!
Quanto aos rótulos, vou deixar aqui os nomes dos mais famosos, e que já tive a oportunidade de degustar, com as descrições dos próprios sites nos quais encontrei os preço, ok?
- Angélica Zapata: vinho muito complexo e exuberante, com excelente presença de boca e enorme capacidade de envelhecimento. Potencial de guarda de até 10 anos. R$155,87 na http://www.mistral.com.br.
- Luigi Bosca Malbec DOC: genuína varietal de uma cor violácea profunda, caracterizado pelos seus aromas de cerejas e ameixas maduras. Aroma de especiarias, com notas de café e amoras, e um toque de torrado como consequência do envelhecimento do vinho em barricas de carvalho. Potencial de guarda de até 10 anos. R$107,60 na http://www.vinomundi.com.br
- Catena Malbec: Já foi indicado como um dos “100 Melhores Vinhos do Mundo” pela Wine Spectator- um feito surpreendente para um vinho deste preço! Trata-se de um tinto encantador, com concentração e intensidade, mas também charme e muito caráter. R$74,70 na http://www.mistral.com.br.
- Ramanegra Malbec: para mim um dos melhores “custo benefício” do mercado… O site no qual encontrei o preço não apresenta o vinho, então a minha descrição é: notas de frutas e florais, fresco e persistente. Para ser sincera, preferi o tradicional ao reserva, que teoricamente seria melhor… O reserva não evolui muito na garrafa, dá uma sensação de vinho doce no paladar. Essa é minha opinião, ok? R$53,90 na http://www.superadegaexpress.com.br.
- Alamos Malbec: também da vinícola Catena, é um vinho premiado, com estilo elegância e sofisticação, fresco, com adorável amplitude, textura sedosa e um final de boca estruturado e cheio de taninos. R$42,14 na http://www.mistral.com.br.