Imunidade: 7 ações para realizar em conjunto e fortalecer o corpo
Antes de tudo, a imunidade é a palavra utilizada para definir a ação do sistema imunológico do nosso corpo. Isto é, um conjunto de células capazes de realizar a defesa e nos proteger contra bactérias, vírus e qualquer outro micro-organismo. Se a imunidade está baixa lidamos de forma ruim contra infecções, cansaço, dificuldade para digestão e outros problemas. Dá para saber o seu “nível de imunidade” dessa forma ou através de exames laboratoriais – o simples hemograma de rotina dá conta disso.
No entanto, é preciso tomar cuidado, pois em momentos de crise como esse que estamos vivendo as informações se tornam confusas e nebulosas. Uma delas são de “receitas milagrosas” para a imunidade ou de elevá-la para supostamente combater o coronavírus. A verdade é: (1) não existe uma fórmula mágica para aumentar a imunidade, ela se eleva com a soma de um conjunto de fatores, e (2) a única prevenção possível e segura para evitar infecções como a do coronavírus, sem uma vacina, é o distanciamento social.
Ainda assim, tomar atitudes para aumentar a imunidade é essencial para deixar nosso corpo mais forte contra essa e outras doenças. Ou seja, cuidar da imunidade deve ser uma tarefa habitual, da vida inteira, para deixar o corpo pronto para lidar com diferentes situações e, caso seja infectado por alguma doença, algum acidente ou simplesmente quando passa por um estresse, tenha o corpo preparado e saudável para lutar pelo seu bem-estar 🙂 Algumas práticas, são:
ALIMENTAÇÃO
Vamos logo começar pelo mais complexo de todos: a alimentação. Complexo pois neste tema existem muitas vertentes e possibilidades para se falar sobre a relação dos alimentos com a imunidade. Isso acontece pela frequentes promessas de que alguns alimentos podem “aumentar a imunidade” e isso é problemático e perigoso. Uma alimentação capaz de fazer isso não se baseia em apenas um único ingrediente ou prato. Precisamos de um conjunto de vitaminas, minerais, carboidratos, nutrientes, fibras etc.
No entanto, podemos dividir a nossa necessidade em três grandes grupos: os alimentos que dão energia, os que nos fazem crescer e rejuvenescer e os que nos fornecem vitaminas e regulam nossa vitalidade. Os primeiros são muito bem representados pelos carboidratos e gorduras (pão, arroz, batata, castanhas, mandioca, milho, óleos vegetais); o segundo grupo é composto por alimentos que são os ricos em proteínas (leguminosas como feijão, grão-de-bico, lentilha e carnes, leites e ovos); o terceiro e último grupo tem frutas e vegetais.
Dito isso, é visto que devemos buscar o equilíbrio e balanceamento de todos esses alimentos. O caminho é evitar fast foods, excessos, álcool, cigarro e dietas restritivas que excluem algum grupo alimentar e priorizam muito outros. Na dúvida, é importante consultar um nutricionista para a reeducação alimentar ou suplementação de vitaminas e minerais.
VITAMINA C
No entanto, existem sim alguns componentes que não podem ficar de fora da rotina alimentar e que ajudam muito para a reconstrução das células e aumento da imunidade (mas não é um ingrediente milagroso, ok? Apenas coloque no conjunto da alimentação).
A vitamina C está presente em muitos alimentos de coloração alaranjada ou ainda com tons de verdes ou vermelhos. Laranja, limão, acerola, morango, cenoura e tantas outras. O que acontece é que a vitamina C tem ação antioxidante e impede o dano celular.
SOL
Também, a vitamina D é muito importante por, na verdade, ser um hormônio e sua falta estar diretamente associada às infecções. Muitas pessoas tem deficiência desse nutriente (principalmente no inverno por pegar menos sol), pois a pele é a maior receptora e assimiladora da vitamina D – ou seja, não adianta apenas consumir na alimentação, o sol é quem faz o trabalho de “fazer ela funcionar”.
A recomendação é que seja tomado pelo menos 20 minutos de sol por dia com a pele exposta e que exames sejam feitos rotineiramente para saber sobre os níveis e repor caso necessário. Além disso, o sol é responsável por produzir a serotonina, que aumenta nossos “níveis de alegria” juntamente com a produção da vitamina D.
BEBA ÁGUA
E pasmem, ainda estamos falando de alimentação. A ingestão adequada de líquidos e principalmente água é essencial para hidratar o corpo, retirar o excesso de toxinas/impurezas e consequentemente prevenir doenças. O bom funcionamento dos órgãos, das funções do corpo e reações químicas necessárias para fortalecer a defesa do corpo é resultado também desse consumo.
A quantidade “ideal” é variável de acordo com idade, peso, local que mora e até alguma complicação que esteja passando no momento. No entanto, a recomendação média é de pelo menos 2 litros de água por dia. Lembrando que já existe um pouco dessa quantidade em alimentos que ingerimos também.
DURMA BEM
Podemos pensar que ao dormir estamos recarregando as nossas energias e dando um “descanso” para que o nosso corpo possa trabalhar na nossa defesa. E é essa exatamente a função do sono: restaurar as células e fortalecer o sistema imunológico.
Já fizemos um post no site bastante completo sobre como dormir melhor (clique aqui). A quantidade de horas ideal é, em média, 8 horas por noite, no entanto, esse tempo é variável de acordo com a idade. Distúrbios do sono também podem ser complicadores para um bom descanso. Portanto, se estiver algo de errado, vale procurar um especialista para saber como resolver a situação.
EXERCÍCIOS
Bem alimentados, hidratados e descansados, é a hora de fazer os exercícios. Os benefícios de praticar atividades físicas são bastante extensos e que levam ao consequente aumento da imunidade. Desde aumentar a resposta das células imunes, diminuir o estresse até reduzir os riscos de doenças crônicas.
No entanto, é importante tomar cuidado. Fazer exercícios físicos regularmente é importante mas não devem se ter exageros. O excesso de atividades pode exigir demais do sistema imunológico para enfrentar toda a carga que o corpo está recebendo. Então, vá com calma, respeite os períodos de descanso e claro, procure um profissional em caso de dúvidas.
SAÚDE MENTAL
É ainda um assunto complexo diante da comunidade científica moderna, pois existem poucos estudos que comprovem a real relação entre saúde mental e imunidade. No entanto, o fato é que os níveis de estresse, problemas com ansiedade e depressão produzem hormônios muitas vezes capazes de diminuir o funcionamento das células e do sistema imunológico.
Também, os problemas de saúde mental, de forma mais prática, podem abrir (não de forma generalizada) portas para outras preocupações: descuido com a saúde, sono desregulado, má alimentação e etc. Por isso é importante perceber como está sua saúde mental e procurar ajuda terapêutica ou psiquiátrica. Além de tomar cuidado para praticar os outras ações descritas nesse texto, que devem ser levados em consideração para uma boa saúde mental – afinal, está tudo relacionado.
- Ações de autocuidado (muito além do skincare) também são essenciais: clique aqui para saber mais.
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E você, o que tem feito para cuidar da sua saúde, imunidade e lidar com toda essa situação de uma forma mais segura?