Pós-pandemia: iniciativas e ideias inusitadas para pensar sobre o futuro
O que a gente achou que ia ser uma fase e que logo tudo voltaria ao “normal” perdura por meses e promete mudar as nossas vidas para sempre. O primeiro ponto é: a OMS afirmou, no início da quarentena, que as vacinas só estarão realmente disponíveis em pelo menos 18 meses. Tivemos avanços, mas ainda são conquistas bastante incertas. O que sabemos é que por um longo tempo ainda vamos ter que mudar nossos hábitos para evitar o contato e aglomerações.
Por outro lado, é notável e muito presente o fato de que a pandemia já modificou as nossas vidas. Não, nós não “voltaremos ao normal”. Encontramos novas formas de nos relacionar, criamos o hábito de lavar os produtos do supermercado, batemos o recorde de lives, videoconferências e tudo que se pudesse ser feito em casa. E tem gente fazendo criações bastante inusitadas e que podem nos ajudar a refletir sobre o que teremos pela frente: o nosso futuro que, na verdade, já começa agora.
VIZINHOS QUE SE AJUDAM
Em cidades menores, conhecer todos os vizinhos, oferecer e pedir ajuda já é uma prática bastante comum. Nos grandes centros é tanta gente que nem sempre isso é possível, né? Por isso, a plataforma Vizinhos do Bem, que já existia antes da pandemia mas que se fortaleceu durante a quarentena, veio para conectar quem estava precisando com quem podia (e pode!) ajudar. Comprar um produto no supermercado, passear com o cachorro e emprestar alguma ferramenta são práticas bastante comuns nessa plataforma.
CESTA BÁSICA COM LIVROS <3
Já se sabe que as consequências da pandemia vão durar por muito mais tempo do que o esperado inicialmente e alguns problemas se agravaram, como o do desemprego. Muita gente perdeu o emprego ou teve que fechar seus negócios nos últimos meses e até a compra de comida se tornou um problema. Foi pensando nisso e em ajudar a preencher o tempo de quem foi afetado dessa forma pela pandemia que a prefeitura de Montevidéu, no Uruguai, enviou durante a quarentena cestas básicas acompanhadas de um livro.
A iniciativa foi pensada em ajudar não só com o “básico” as pessoas em situações mais vulneravéis. Essa é uma ótima ideia e que pode se estender por mais tempo e lugares, não?
UM ROBÔ QUE FAZ REUNIÃO NO ZOOM
Essa é ideia foge do comum e é até meio engraçada, mas o norte americano Matt Reed deu conta de criar uma inteligência artificial capaz de atender, responder e compreender mensagens no Zoom. É nada mais nada menos que um robô, apelidado carinhosamente de Zoombot. Pode parecer apenas inusitado agora, mas é um passo bastante importante, não é?
YOGA NA SUA PRÓPRIA BOLHA
Já falamos muito sobre o yoga aqui no site, mas nada que se assemelha a essa iniciativa. Em Toronto, no Canadá, tivemos a criação de “cúpulas” próprias para fazer as atividades de yoga durante o isolamento. São bolhas climatizadas, privadas e sempre desinfectadas para que os alunos possam realizar suas práticas ao “ar-livre”. Claro que não é em todo lugar isso dá certo ainda, afinal, as pessoas tem que sair de casa para irem até o local da aula.
Entretanto, essa é uma forma de continuar com o isolamento social por mais tempo, mesmo com a flexibilização.
CABINES ISOLADAS PARA EXERCÍCIO
Na mesma pegada, a academia Inspire South Bay Fitness, na Califórnia, criou as cúpulas para separar os praticantes e garantir a segurança com o distanciamento social. Do mesmo jeito, por mais que seja uma alternativa interessante, as pessoas ainda precisam sair de casa. Por isso, os exercícios feitos em casa, com o próprio corpo e guiados por vídeo-aulas tem ganhado muito espaço também.
DRONE QUE LEVA CACHORRO PARA PASSEAR
A gente já sabe que os pets não se infectam pelo coronavírus, mas os bichinhos precisam ficar presos dentro de casa também junto com seus donos. Então, que tal colocar seu dog sendo conduzido por um drone e deixar ele dar uma voltinha? É um tanto perigoso dependendo do local que você mora, mas é interessante para pensar: será que o nosso melhor amigo irá nos substituir?
COMPANHIA ATRAVÉS DA PROJEÇÃO
O fotógrafo russo Karman Verdi criou um projeto para mostrar sua rotina acompanhada por projeções virtuais de modelos que realizam atividades cotidianas com ele. Assistir um filme, jantar à dois e fazer atividades simples são o foco do projeto. O questionamento é sobre a solidão, sobre novas formas de se relacionar e sobre matar a saudade com jeitinhos virtuais.
E esse projeto nos leva a um outro questionamento: a produção audiovisual pode (e deve) passar por grandes transformações após essa quarentena, não? Essa é só uma das ideias de projetos, mas quem aí não viu pelo menos um ensaio fotográfico realizado digitalmente nas redes sociais e em revistas?
CONHECER AS PESSOAS ATRAVÉS DE DRONES
Na mesma vibe, o fotógrafo Jeremy Cohen, ao perceber da sua sacada que muitas pessoas estavam ocupando os telhados das suas casas e prédios, começou a sobrevoar com seu drone e registrar essas práticas conhecendo melhor essas pessoas. Foi o que aconteceu quando encontrou, pelas telas, Tori Cignarella. Dias depois realizou um encontro real, mas dentro de uma bolha de plástico. Fica a questão: é possível se apaixonar sem nunca ter tocado a outra pessoa?
UM PÚBLICO VERDE
Que as plantas tem sido boas companheiras durante a quarentena a gente já sabe. Mas já imaginou um público inteiro de plantas para assistir e ouvir uma orquestra? Foi o que aconteceu em Barcelona, quando a Casa de Ópera reabriu as portas e fez o seu primeiro concerto para uma plateia totalmente vegetal. Diante de tantas lives e show feitos para uma câmera, um feito para plantas parece bastante real, não é?
Brincadeiras a parte, essas não seriam novas formas de adaptar espaços projetos para grandes aglomerações? Museus, estádios, cinemas, teatros… São tantas áreas que ficaram sem propósito nesse período, não?
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E você, viu outras ideias interessantes e inusitadas nos últimos tempos? Deixe nos comentários 🙂