Hollywood: a série da Netflix sobre o verdadeiro background das câmeras
Você já assistiu a série Hollywood? Não? Não tem problema! A ideia desse texto é que possamos te instigar a assistir ou simplesmente te dar algumas informações para além da série. Fique tranquilo porque não daremos spoilers aqui.
Bom, só pelo nome já está bem óbvio sobre o que a série trata, né? É sobre a vida, a produção e as relações entre atores, diretores e roteiristas na cidade dos sonhos para quem quer viver da sétima arte. Sim, a série retrata Los Angeles, mas uma versão dos anos 40.
O que acontece, que já é logo entregue na sinopse, é que a série traz MUITOS elementos, nomes e personalidades reais da história. Aquele famoso “baseado em fatos reais”, sabe? E, ao mesmo tempo, traça novas perspectivas e futuros para as personagens quando falamos de fatos reais relacionados ao racismo, machismo e homofobia. É uma produção sobre produções cinematográficas que querem produzir novos caminhos para as personagens da ficção, trazendo novos “the end’s” para as histórias reais, entendeu? ?
RYAN MURPHY
A série, de 2020, é uma criação do lendário Ryan Murphy, com Ian Brennan, também responsável por American Horror Story, uma parte de Pose e Glee (essa pode até ter chegado mais aos adolescentes, mas fez muito sucesso, né?). Sem falar de outras taaaantas produções.
Em Hollywood a marca de Ryan está muito bem colocada quando traça uma narrativa totalmente instigante e horrorizante, quase assustadora sobre o real, e ao mesmo tempo esperançosa. O tom mais suave sem muito sangue rolando é do co-criador Ian Brennan. Isso sem deixar de falar no elenco maravilhoso e pontos positivos para todas as áreas de produção da minissérie. Maquiagem, figurinos, fotografia… Tudo impecável!
FICÇÃO VS. REALIDADE
Existem muitos personagens que realmente existiram na vida real e que, inclusive, possuem o mesmo nome e aparência. Outros são baseados ou inspirados em uma ou mais personalidades. O personagem Jack Castello é inspirado em Marlon Brando, Montgomery Clift e James Dean, por exemplo. O Henry Wilson, interpretado por Jim Parsons – sim, o Sheldon de The Bing Bang Theory – existiu exatamente com o mesmo nome e aparência muito parecida.
Sem falar em vários acontecimentos da série que rolaram praticamente da mesma forma na vida real: os fatos no posto de gasolina, os atores que não assumiram sua sexualidade por muito tempo e reflexos de toda a estrutura racista presente no momento – e que, infelizmente, perdura até hoje.
RIR OU CHORAR?
Ai que está o grande ponto da série. Qual a primeira coisa que vem a cabeça quando pensamos em assistir uma série sobre Hollywood? Isso mesmo, pensamos que vamos entender como funcionam os testes, os estúdios, as rotinas de gravação e toda a vida glamurosa dos artistas. O fato é que a série da conta de divertir o bastante para nos levar até o sétimo e último episódio de forma muito fluida, mas não fala somente de diversão.
Ao passo que as pessoas sonham em ser “astros do cinema” a realidade nos mostra que nem tudo é tão glamuroso assim. Menos de 2% das estatuetas do Oscar foram entregues para pessoas negras. Isso mesmo, das 3.140 apenas 44 foram entregues a uma pessoa negra. Uma mulher negra protagonizando um filme recebeu o Oscar apenas em 2002. Para um diretor ou diretora negra? Nunca.
A série propõe desmistificar essa fantasia causada pelos holofotes de Hollywood e escrever a história, que além de debater e ensinar sobre vários temas, de uma forma um pouco mais esperançosa e – mini-spoiler – digna de muitas lágrimas.
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