Brigitte Bardot: sexy e confortável ao mesmo tempo é possível e inspirador
Ícone do cinema e da moda, Brigitte Bardot influencia até hoje muitas das nossas escolhas. Ela começou sua carreira muito jovem, aos 17 anos, trabalhando como modelo, cantora e depois como atriz. Nascida na França, passou a ser chamada apenas de BB e tinha (aliás, tem até hoje) como marca a imagem de uma mulher sexy e controversa ao seu tempo, principalmente nos anos 50 e 60.
O que acontece é que Brigitte Bardot deixou de ser o nome uma atriz ou artista de época. Brigitte extrapola o indivíduo e agora faz parte de um imaginário coletivo, quase usado como um adjetivo no que diz respeito a muitos conceitos relacionados a expressão do corpo, de como usamos roupas, cabelo, maquiagem e nosso comportamento diante da moda. Bota acima do joelho? BB. Lápis preto no olho? Influência dela também. Sutiã à mostra e camisa um tanto aberta? Certeza que é Brigitte Bardot.
SUA HISTÓRIA
O boom de Brigitte Bardot se deu em 1957, quando foi protagonista do filme “E Deus criou a mulher”. Nele, ela já exibia muito da sua personalidade, com bastante pele à mostra, interpretando Juliete. A personagem representa uma mulher extremamente livre, cobiçada por um homem muito rico, mas apaixonada por outro. Era o início de uma era Bardot, que traria na sequência outros trabalhos no cinema e onde ela apareceria ainda mais de biquíni, exibindo toda sua sensualidade. Para a época, era muita ousadia e ~ pasmem ~ seria a primeira mulher a não usar meias em um filme.
Sua carreira cinematográfica, de modelo ou cantora não tem tanto sua personalidade fora das câmeras. Até mesmo em uma entrevista, quando chamada de “atriz”, ela responde que na verdade é uma mulher. E aí a história é longa: Brigitte já tem 85 anos e sua trajetória está muito bem contada em filmes, livros e biografias.
SENSUALIDADE
Se tem algo que pode representar bem BB – mas não só – é a sua sensualidade. Em uma época em que o mundo e a França traziam mulheres vestidas de uma forma “mais comportada” ou ainda, quando sexys, com muito vermelho e tecidos de seda, Bardot chegava com seus cabelos longos e loiros presos com muito volume (quase bagunçados), seus olhos pretos e um ar quase que inexplicável de alguém livre e distópica para o momento. O ponto é que não importasse a cor da roupa, quantidade de tecido ou corte, Brigitte Bardot fazia com que tudo tivesse autenticidade e sensualidade, mas num estilo mais casual de ser.
Se reparar, Marilyn Monroe, um dos grandes nomes da mesma época, também trazia a sensualidade mas de uma forma mais glamourosa e luxuosa. Bardot, por sua vez, passava longe de roupas muito luxuosas e desconfortáveis. O looks despojados, com t-shirts, muito algodão e couro, se faziam presentes em suas produções. Os eventuais decotes apresentam um novo conceito do que era ser sexy naquele momento: uma mistura de liberdade, naturalidade e empoderamento.
A QUEBRA DE PARADIGMAS
Outro ponto é que praticamente todas as referências da época eram centradas em Hollywood, mas Bardot era francesa e isso, por si só, já era transgressor para a época.
Contrariando as expectativas da sociedade e de seu próprio pai, que almejavam o papel de “boa moça”, Brigitte conseguiu seu lugar de destaque com relacionamentos conturbados, um divorcio, um segundo casamento e polêmicas sem fim. Fez filmes sem muito pudor e apresentou uma nova forma de se portar enquanto mulher nos anos 50.
SUAS INFLUÊNCIAS
Hoje, podemos notar ainda muitos resquícios do que pode ter sido a era Bardot. A maioria deles está relacionada a liberdade na hora de se vestir. Ou seja: deu vontade de colocar uma t-shirt com uma calça jeans e ser sexy? Arrasa que vai dar tudo certo! O que acontece é que essa combinação poderia não ser considerada “bela e sensual” para a época, mas bastou alguém muito influente e ousada usar que voilá: tornou-se algo comum e completamente sensual até hoje.
Outras peças icônicas usadas por ela são: mini saia xadrez, peças tons terrosos, sapatilhas confortáveis, poucos saltos e, claro: cabelo volumoso, franjinha e olhos bem marcados com lápis preto. Não tem quem use esse combo e não seja comparada a Brigitte.
COMO ELA ESTÁ HOJE?
Hoje, Bardot ainda continua gerando polêmicas em suas escolhas. Em 1973, BB se aposentou e nunca mais fez um filme ou qualquer outro trabalho nessa área. Escolheu se ser uma ativista dos animais e faz isso há mais de 40 anos. É revolucionária ou não é? Também optou por não fazer nenhum tratamento estético. A Brigitte que vemos hoje mudou, mas só através de processos naturais que aconteceram com o passar do tempo.
E como as polêmicas envolvendo seu nome nunca cessaram, algumas declarações controversas sobre a carreira de atrizes, rituais religiosos, preconceitos e votos em partidos de extrema-direta continuam pipocando nos últimos anos. É considerada por muitos críticos uma pessoa “ácida” e “chata”.
Independe da sua opinião, fato é que mesmo longe dos holofotes, afinal ela recusa a maioria dos convites para aparições públicas, sua influência continua fortíssima – especialmente na moda!
E você, o que acha dos looks à la Brigitte Bardot? Conte pra gente aqui nos comentários 😉