Veludo: o tecido da realeza que agora faz sucesso com todo mundo
Há ainda algumas histórias mal contadas sobre o veludo, vamos começar por elas? Tem quem ache extremamente chique, outros que intitulem como antiquado, que só serve para eventos formais ou em propostas fora de moda. Mas, essa não é a verdade absoluta! O que realmente vale é que o veludo já passou por muitas fases: era um tecido permitido apenas à realeza e hoje, depois de muitos processos e barateamento da produção é de uso mais popular, mas não menos elegante. O veludo pode combinar bem em muitas situações e deixar a proposta bem formal, chique ou mais casual – tudo depende do seu estilo, de como vai usar ou da vontade de compor um look com veludo em qualquer hora mesmo ?.
Mas, não dá para negar que o veludo é sim um tecido com elegância e características que remetem a riqueza e abundância. O brilho, leveza e toque suave dão essa pegada carregada de glamour, luxo e muita extravagância. Ainda, em momentos que a proposta seja outra, de uma vibe urbana e casual, essa mistura de “classes” de tecidos em diversas situações é bem-vinda e traz muito estilo e personalidade. É como se usar peças de veludo pudesse dar logo um “que” de realeza, que não necessariamente a situação pede, mas o uso contrapõe o que está preestabelecido e cria um visual interessante e ousado, sabe?
Um simples casaco deixa de ser apenas normal. Igualmente acontece com uma calça, bolsa ou um acessório. Isso tudo por conta da história, da nossa memória sobre o tecido, modo de produção e status que o veludo recebeu durante anos, como se ele carregasse sua origem consigo. Então, esse texto vai explicar um pouco isso, sobre sua história, como é produzido, porque é tão macio e claro, dar dicas valiosas de como compor looks com veludo 😉
HISTÓRIA
Tudo começou na Índia no século 14, quando as fibras de seda trabalhadas manualmente e de forma bastante minuciosa criava um tecido liso de um lado e com pelos pequenos do outro. O principal ponto aqui era a produção de um tecido de seda “mais quente”, com toque macio e uma beleza muito apreciada para a época. Depois, passou a ser produzido em maior escala na Itália e serviu como uso para as Famílias Reais – histórias até contam que pessoas “não nobres” eram proibidas de usar.
No século 20 começou a ser unido ao acetato, algodão e raiom, barateando seu custo e facilitando a produção. Assim, ficou um pouco mais comum, entrou em desfiles de moda, coleções importantes e como era de imaginar, fruto de muitas histórias dentro da própria trajetória. Primeiro, o uso era voltado a casacos e vestidos de festa, mas, nos anos 60 e 70 começaram a aparecer saias, calças e outras peças. Esse uso acontece junto aos movimentos sociais de contracultura, com necessidade de popularizar os produtos – assim como o veludo.
Hoje, passou por fases: vezes é visto como artigo de luxo, outras como uma “moda antiga”, mas o mais legal disso é que ele continua presente há muito tempo e é inegável sua beleza e toque macio, não?
PROCESSOS DE PRODUÇÃO
Essa parte é interessante para entender como o veludo “nasce” e quais os motivos para ser tão lindo e gostoso de tocar ao mesmo tempo. O processo é um tanto complexo de entender, são conceitos bem técnicos. Mas, de forma geral, é um conjunto de muitas pilhas de tecido e fios sobrepostos, cortados todos de uma só vez e na mesma direção. Essas extremidades de muitos fios juntos são o que criam a maciez e aspecto peludo. Depois, pode acontecer o tingimento, se torcido se torna o “veludo esmagado” ou se escovado fica com aquele aspecto liso.
Antigamente todos os veludos eram feitos com seda, hoje, são misturados a outros materiais ou feitos totalmente deles. A aparência e textura são parecidas, já que o processo de produção é o que dá as características deles. Claro, existe uma diferença, mas não é muita e foi essa a forma encontrada de deixá-lo acessível, afinal, são gastos muitos fios para ter um veludo. Hoje, existem os cotelê (aquele canelado, mais grosso), molhado (o mais maleável e brilhoso) , alemão (parece muito o veludo antigo, é o mais caro) e devoré (é o nome dado ao efeito de relevo em algum tecido com veludo).
COMO USAR
Já passou da fase em que veludo era algo apenas para ocasiões formais. Portanto, não existe de fato uma regra sobre como usar veludo. Apenas, algumas indicações e sugestões de como pode cair melhor.
EVENTOS FORMAIS
Já que foi feito para isso, vamos nessa? ? As peças de veludo caem muito bem quando usadas em eventos mais chiques. Então, não tenha medo de usar um vestido longo todo em veludo ou blazers para acompanhar composições. As cores mais indicadas são as mais neutras claras ou escuras, pois casam bem com a proposta.
ROUPAS DE VERÃO
Mas também, cabem bem em blusas, tops, shorts, saias, macacões e vestidos curtos. A dica é, por ser um tecido um pouco mais quente, abusar dos cortes e pouco tecido mesmo. Combinados a tecidos leves e acessórios mais casuais também funciona!
EM UMA MISTURA
E, assim como em muitas propostas, unir o “mais elegante” ao casual é sempre interessante para criar o estilo hi-lo. Então, use e abuse dos tecidos mais leves, assim, faça combinações mais ousadas e o mais importante: se joga ?
PEÇAS MAIS LARGAS
O veludo é muito macio, portanto, é provável que marque bastante e ainda esquente um pouco. Desse modo, peças mais largas, como calças pantalonas em veludo tem surgido e ficam ótimas pelo caimento mais solto do tecido. A foto abaixo é da Calça Pantalona Moss, da Auranuda. Para saber mais e comprar, clique aqui.
PEÇAS MAIS JUSTAS
Mas, não ache que é somente com peças largas que funciona, ok? Blazer justos e blusinhas coladas no corpo ficam perfeitas também, não acha?
ACESSÓRIOS
E, ainda, os que estão aí para acertar sempre: os acessórios! Bolsas, sapatos, tênis e tiaras também aparecem e sempre caem bem. O veludo consegue dar um charme a mais no look com seu brilho elegante e discreto nos pequenos detalhes 🙂
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Sabe quem amava usar veludo? A KateMoss! Tem um texto no site contando sobre a vida dela, clique aqui.